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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Os 10 personagens de livros leitores

Sempre existem personagens com os quais nos identificamos por gostarem de livros e histórias.É interessante como muitas vezes eles possuem os mesmos gostos, as mesmas manias e acabam ficando encantando com os mesmos livros que nós. Ás vezes, até acabam dentro das histórias. O Top 10 traz dessa vez, uma lista com 10 personagens que são especiais para nós por gostarem tanto da leitura.

Meggie tem um pai que recupera livros e que pode trazer os personagens da história para o mundo real. Ela ama os livros e até entra dentro deles! Com certeza ela merece um lugarzinho nessa lista.

Charlie é um menino meigo e muito introspectivo. Ele procura seus livros muitas vezes para fugir do mundo real. Seu professor passou para ele ler diversos clássicos, que você pode encontrar abaixo:
  1. Uma Ilha de Paz, de John Knowles
  2. Walden, de H.D. Thoreau 
  3. O Sol é para Todos, de Harper Lee 
  4. O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald 
  5. Peter Pan, de J. M. Barrie 
  6. A Nascente, de Ayn Rand 
  7. Hamlet, de William Shakespeare 
  8. Almoço Nú, de William S. Burroughs 
  9. Este Lado do Paraíso, de F. Scott Fitzgerald 
  10. On The Road, de Jack Kerouac 
  11. O Estrangeiro, de Albert Camus 
  12. O Apanhador do Campo de Centeio, de J.D. Salinger 
3- Liesel Meminger - A menina que roubava livros 
Liesel se apaixonou pela leitura apos ter em mãos “Manuel do Cemitério”. A parti daí, começou a roubar livros para lê-los. Quer maior paixão pelas letras do que essa?

Os livros deram a Florence sua principal arma. A imaginação. Proibida de ler livros, ela desobedece a todo e invade a biblioteca da casa de seu tio sempre que pode. 

5- Daniel Sempere - A sombra do vento
Daniel foi a "Cemitério dos livros esquecidos" e escolheu um livro para cuidar o resto da vida: "A sombra do vento". Mas ele acaba tentando descobrir o paradeiro do autor Julián Carax. Daniel não sossega enquanto não descobre o segredo que envolve seu livro.

6- Bastian - A história sem fim
Eu nunca li "A história sem fim", mas já vi o filme. Não é a mesma coisa, eu sei, mas Bastian é primeiramente um personagem literário e, assim como Meggie, ele entra no livro "A história sem fim" para se aventurar com as mais variadas criaturas.

7- Sabugo - Sítio do pica-pau amarelo
O que falar do Sabugo? Devorador de livros, super inteligente e eu acho que ele que me fez gostar de ler.

8- Tyrion - Série As crônicas do gelo e do fogo
"Uma mente necessita de livros da mesma forma que uma espada necessita de uma pedra de amolar se quisermos que se mantenha afiada." Essa frase já resumi Tyrion. Um leitor perpicaz, tendo o conhecimento como unica arma para a Guerra dos Tronos.

9- Hermione - Série  Harry Potter
Hermione precisa de livros para aprender. Dedicada em seus estudos, ela sempre carrega eles pra cá e pra lá.


10- Dom Quixote de La Mancha - Dom quixote
Dom quixote leu muitos romances de cavalaria e convenceu-se que era um cavaleiro. Com Sancho Pança, saiu e começou a ter as maiores aventuras fantasiosas possíveis. Outro personagem que ainda não tive oportunidade de ler, mas que está me esperando na estante.

domingo, 23 de junho de 2013

As vantagens de ser invisível


Você alguma vez já se sentiu infinito? Charlie já. Ele é um jovem de 15 anos que após a morte de um amigo, fica um pouco desestabilizado psicologicamente. O garoto é sensível, amoroso, adora ler livros e deseja ser um escritor futuramente. Sabemos todas essas características e desejos pelas cartas que ele manda a um remetente desconhecido, onde conta tudo o que acontece em seu dia, refletindo sobre cada momento e  detalhe.

Mas sua vida ganha mais "ação", digamos assim, quando Charlie conhece os dois irmãos: Sam e Patrick. Os dois são mais velhos e experientes, dando ao garoto a oportunidade de conhecer mais do mundo. Bebidas, drogas, festas, momentos diferentes e simples, com pessoas diferentes e interessantes. Entretanto, mais do que tudo isso, os irmãos oferecem à Charlie a amizade e a atenção de que ele tanto necessita. Poderíamos dizer que Sam  é uma garota diferente, excêntrica e independente, que desperta sentimentos românticos no garoto. Enquanto Patrick  se torna um companheiro indispensável. 

A outra parte da vida de Charlie é sua família. Sua mãe amorosa, seu irmão jogador de futebol, sua irmã com problemas constantes com o namorado e seu pai atencioso, mas distante. É interessante observar como o autor no leva a conhecer profundamente os personagens sem nós percebermos, com suas ações e as lembranças de Charlie. 

Nada no livro é imposto, acaba que configuramos em nossa mente o que está acontecendo e  nós avaliamos se isso é certo ou errado. Charlie só vive sua vida, não julga, não reclama. Um verdadeiro observador ingênuo e discreto que muitas vezes se torna invisível. 

"As vantagens de ser invisível", escrito por Stephen Chbosky é um livro diferente, principalmente pelo conteúdo. Não é um livro qualquer, bobo e adolescente. É uma história que consegue transpor todos os sentimentos de um jovem de 15 anos para as palavras. Todos os seus pensamentos, suas sensações e lembranças. Tudo que realmente o jovem Charlie imagina e deseja, todos os seus momentos mais importantes, todas as vezes que ele se sente "Infinito". Depois desse livro, todos nós vamos querer nosso momento infinito. 

P.S. Quem ainda não viu o filme, veja. É bem fiel ao livro e muito divertido. 

P.S. Referências à livros clássicos e "The Rocky Horror Picture Show" deixa a história ainda mais interessante. 

sábado, 15 de junho de 2013

A guardiã da minha irmã


Livros muitas vezes acabam despertando sentimentos e sensações fortes, às vezes até mais intensas do que na vida real. A leitura de uma história pode ocasionar crises de choros, sorrisos de orelha a orelha, além de xingamentos e gritos. No caso de " A guardiã da minha irmã", todos esses sentimentos foram aflorados durante sua leitura. Extremamente sensível, abordando um tema pesado e, sendo composto por personagens defeituosos, mas que acabam sendo carismáticos, nós acabamos encontrando uma história diferente do que estamos acostumados, mas que possui qualidades que é difícil colocar em palavras. "A guardiã da minha irmã" é uma grata surpresa.


Anna tem 13 anos é quer ganhar no tribunal os direitos sobre o seu corpo, o que legalmente denomina-se emancipação médica. Sua irmã mais velha, Kate, possui um tipo de leucemia grave e Anna acabou sendo concebida em laboratório para possuir todos os genes iguais a de sua irmã, pois assim poderia doar primeiramente o cordão umbilical e, mais tarde, sangue ou outro fluido corporal de que sua irmã necessitasse. Agora, Kate necessita de um rim e Anna não deseja doar o órgão Ela entra, assim, com a ação contra os pais, Sara e Brian, para eles não a obrigarem mais a passar por tratamentos médicos sem necessidade. O problema é que a consequência desse ato será a morte de sua irmã.

"A guardiã da minha irmã" pode passar despercebido na vitrine de uma loja, mas quando ele está na mão de um leitor, nunca mais sair de lá. O livro de Jodi Picoult possui uma estrutura onde a história é contada de acordo com a perspectiva dos principais personagens. A família onde todo esse drama está implantado, Sara, Anna, Brian e Jesse, e os dois personagens que fazem um segundo plot dento da trama. Campbell, o advogado de Anna, e Julia, a curadora que acompanha a família por uma semana. 

Ao decorrer da história, ficamos cada vez mais inseridos na vida dessa família, para termos um final surpreendente até para os melhores adivinhos literários. Não tem como imaginar o que acontecerá com a família até chegar as últimas páginas. É tudo tão inconstante, os personagens estão perdidos em suas próprias vidas, e acabamos sentindo essa perdição.

Falando em personagens perdidos, não posso deixar de comentar especialmente de Campbell, um homem que demora a revelar qual a necessidade de seu cachorro (é divertido as desculpas) e que é extremamente carismático e secreto.

Jodi Picoult escreveu um maravilhoso livro e fiquei muito intrigada para ler outros livros da autora e descobrir se todos são reveladores assim. "A guardiã da minha irmã" é altamente recomendado. Não deixe de ler algum dia.

P.S.- A história foi adaptada para o cinema. "Uma prova de amor", foi dirigido por Nick Cassavetes e foi lançado em 2009. Mas atenção, o final é diferente.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Massimo di Felice, especialista em mídias digitais, fala sobre a revolução digital na literatura.

Acabei de comprar meu eReader e ele está a caminho da minha casa. Mas por que o comprei? Existem tantos livros que quero ler, mas não tenho condições financeiras de comprá-los e, por isso, acabou sendo mais fácil baixá-los em forma de ebooks. Como ler em frente ao notebook é cansativo, o eReader foi a melhor solução.

A revolução digital está causando um grande impacto na literatura mundial e o Brasil não está longe dessa revolução. Editoras já se preparam para o grande impacto que os livros digitais vão causar, ou já estão causando, no mercado nacional. Pensando nisso, trago uma entrevista com Massimo di Felice, Italiano, Sociólogo, Doutor em Comunicação e professor na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), retirado do site Revolução Ebook.

O livro digital já faz parte de uma cultura digital integrada por pessoas conectadas ou ainda precisa encontrar uma maneira de se adequar às novas práticas de leitura, de aquisição e de compartilhamento de informação e conhecimento? 
Muda ainda de lugar a lugar, mas é claramente uma tendência irreversível… os hábitos mudam, e estão mudando rapidamente. Muitas coisas estão a favor do livro e da leitura digital: em primeiro lugar a facilidade de sua aquisição, num contexto no qual pela grande distribuição é cada vez mais difícil encontrar o livro que se quer, como também a facilidade de aquisição de obra em outros idiomas, práticas hoje comuns num contexto globalizado. E, também, não por ultimo, o menor custo e a praticidade de ler e poder levar consigo um grande número de livros num único, leve e prático, suporte de leitura. Tudo isso nos diz com clareza que o processo é irreversível e rápido.
Um dos maiores entraves para a consolidação do livro digital é encontrar a solução para o compartilhamento e a pirataria. Essa seria a resposta de ouro para as editoras. O uso de DRMs é comprovadamente ineficaz. Como utilizar a cultura dos “shares” como aliada estratégica dos negócios, e não como inimiga? 
É preciso pensar mais seriamente e profundamente sobre o que é chamado de “pirataria”, o formato digital altera todas as fases do processo tipográfico: da produção, à distribuição e o consumo, nada ficou como era. Este é um ponto fundamental, as editoras deveriam refletir mais seriamente sobre o que está acontecendo desde um ponto de vista social e cultural e não apenas desde um ponto de vista econômico, uma vez que o tipo de produto que elas produzem é um produto particular, que tem a ver com a cultura, seu acesso e sua divulgação. As editoras devem sair da sua situação de conforto e adquirir uma postura mais empreendedora. O que a digitalização dos livros (de seus textos e do seu processo de produção, distribuição e consumo) vai a provocar é algo próximo ao que aconteceu com a invenção de Gutenberg no século XV. Nada vai ficar igual, trata-se de algo qualitativo e não apenas de uma simples adaptação. As universidades, as escolas estão sendo alteradas por este processo, consequentemente, as editoras devem passar a repensar a si mesmas não apenas como produtoras de livros, mas como produtoras de conteúdos, isto é, de formatos informativos digitais. Quero sublinhar este aspecto: volto a remarcar que se trata de uma questão cultural e social de um lado e empreendedora do outro. As duas questões estão ligadas e não em contraposição, como geralmente se acha. Um dos lados mais interessantes da história da cultura empreendedora é a sua propensão a assumir riscos, como faziam os primeiros mercadores e como devem fazer as editoras hoje… deixar de pensar apenas em seu próprio umbigo, assumir riscos e mostrar grandeza, é esta a natureza da questão digital, como a de todas as inovações, perante as quais, historicamente, somos chamados a assumir uma posição: a de recusa ou a da aceitação do desafio que esta nos impõe.
Uma das principais preocupações das editoras, plataformas e livrarias virtuais é encontrar um modelo de negócios não apenas viável, mas também lucrativo para o livro digital. As vendas estão crescendo, mas em um ritmo não muito acelerado – no Brasil, a oferta de títulos digitais é de apenas 25 mil ebooks. O que falta é o modelo de negócios certo ou uma mudança de comportamento, mais alinhada com a realidade digital? 
Acho que é só uma questão de tempo. A Amazon acabou de chegar no pais, em todos os países onde chegou demorou dois ou três anos para transformar por inteiro o mercado do livro. No Brasil não será diferente. 
Você defende que a leitura digital é mais sustentável em relação aos impressos – não apenas no sentido da economia de papel, mas na redução instantânea dos custos de distribuição e transporte. Mas a produção de tablets e eReaders em larga escala também não seria insustentável por utilizar fornecedores que exploram mão-de-obra barata, por exemplo? Por outro lado, a distribuição de conteúdo digital está centrada na capacidade dos datacenters, grandes consumidores de energia. Como assentar esse ecossistema digital sobre paradigmas realmente sustentáveis, que não gerem passivos ambientais?
Discordo completamente. A cultura digital, a da conectividade, é responsável pela criação e pela difusão da cultura da sustentabilidade. No meu último livro, Redes Digitais e Sustentabilidades, (S. Paulo 2012, Ed. Annablume) abordo esta temática com precisão. A cultura ecológica contemporânea, que nos sensibiliza sobre consumo energético, impacto e pegadas é resultado do advento de uma cultura da conexão que nos brinda com a difusão do conceito de rede. Este conceito, responsável pela difusão de novas praticas, faz com quem nós hoje passemos de um modelo ecológico separatista e dialético (homen-natureza) para um modelo ecológico conectivo e reticular. A exploração de mão de obra barata como o grande consumo de energia não são os elementos constituidores e estruturais do processo mas apenas aspectos negativos que mostram o seu mal funcionamento. A energia pode ser renovável, e as relações de trabalhos melhoradas. A questão é: quem contribui mais para que isso mude, os jornais, a mídia tradicional, ou as redes digitais e os social networks?

Se temos uma maior consciência mundial ecológica hoje, devemos isso à circulação de informações nas redes digitais e a cultura da conectividade que aprendemos a desenvolver nelas. A sustentabilidade é um produto da cultura digital.

Entrevista realizada por Eber Freitas, em 11 de junho de 2013. 

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Comentando "The Rains of Castamere"...

Depois de quase duas semanas sem postar absolutamente nada, eu voltei. A faculdade consumiu muito da minha vida, mas consegui um tempinho para vir ao blog e, mesmo atrasada, comentar o último episódio de Game of Thrones. "The Rains of Castamere", o nono episodio da terceira temporada, causou bagunça ao mostrar o Casamento Vermelho e, consequentemente, a morte de alguns personagens queridos da série. Se você não viu o episódio, nem sabe o que realmente aconteceu, pare por aqui. Minha opinião abaixo implica em spoilers.


Quando li o Casamento Vermelho ano passado, em "A Tormenta das Espadas", meu coração acelerou e meus olhos se encheram de lágrimas com a morte de Robb. Mas tenho que confessar que surgiu um pequenino sorriso quando a garganta de Cat foi cortada. Ela sempre foi a personagem mais chata dos livros, estava louca por seu fim... 

No seriado de TV, a cena do Casamento Vermelhos foi uma das mais esperadas pelos fãs, inclusive por mim. Quando "The Rains of Castamere" começou a tocar e Cat percebeu que alguma coisa coisa estava errada, fiquei nervosa, meu coração novamente acelerou e meus olhos não largaram a tela. A cena foi incrível! Setas voaram pelo ar, espadas foram empunhadas e gargantas cortadas. Foi a melhor cena da série.

O episódio causou indignação naqueles que viam o seriado e não sabiam dessa parte da história. Muita gente reclamou, falou que não vai ver mais a série, blá, blá, blá. Povo chato. O mundo está acostumando com os personagens principais se dando bem no final, sempre tendo um mocinho, ou mocinha, para torcer. Claro que a morte desses dois personagens assusta, mas o mundo tem que entender que Martin é Martin, a história é dele e, mesmo discordando às vezes, ele pode matar quem ele quiser... hahaha

E quanto a Talisa de Volantis? Bom, a cena em que esfaqueiam a barriga dela foi chocante, até para mim. No livro, Talisa é Jeyne Westerling, que teve um caso com Roob e ele acabou se casando com ela ara não desonra-la. Jeyne não estava no casamento, como Talisa também não deveria estar.

Mas bem, agora temos menos dois Starks no seriado, mas ainda tem muita gente para morrer e sofrer. E se serve de consolo, personagens que odiamos também irão se dar mal. Esperem e verão. 

P.S. Acho que eu sofri mais com a morte de Vento Cinzento do que a do dono :(