De tempos em tempos aparecem histórias que compõe dois ingredientes: doentes terminais e um amor platônico. Na maioria das vezes temos um enredo meloso, cheio de chororó, aceitação da vida e frases de efeitos. "A culpa é das estrelas" é exatamente assim, mas de algum modo consegue inserir um toque de comédia e fofura que faz toda a diferença.
Hazel Grace tem 16 anos, câncer nos pulmões, é obrigada a comparecer ao grupo de apoio e possui um carinho especial pelo livro "Uma Aflição Imperial". Uma garota de quem poderíamos sentir pena, mas que diferente disso, transmite uma elevada personalidade. Quando Hazel conhece Augustus inicia-se uma conexão, uma amizade colorida que é abordada durante todo o livro de forma natural e leve. Assistindo filmes, lendo livros, conversando sobre video-games ou a filosofia da vida, os dois juntos parecem um casal que deve e merece ficar juntos para sempre. Mas como nessas histórias de amor nada é fácil, eles terão que esperar o destino decidir por eles.
John Green escreveu um livro que realmente consegue abordar o drama e a comédia de maneira ideal. Hazel é uma garota carismática, que sabe de sua real condição não se iludindo quanto a isso, entretanto continua caminhando para encontrar algo bom em sua vida. August é um cavaleiro, uma galante, um menino pelo qual todas nós piraríamos. Além disso, todos os personagens possuem traços humanos, até Peter van Houten, afinal demoramos o livro inteiro para entender qual o seu papel na história, além de ser o ídolo convencido de Hazel.
Chorei, dentro do ônibus por sinal, e ri lendo "A culpa é das estrelas". Um livro que realmente nos faz pensar sobre o valor que damos a nossa vida e a dos que amamos, uma agradável surpresa.
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