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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

O Poderoso Chefão




Em 1968, a Paramount Pictures ganhou os direitos de adaptar para o cinema o livro, “The godfather”. Depois de vários diretores cinematográficos rejeitarem o projeto, o nome de Francis Ford Coppola foi ressaltado. Inicialmente o diretor  não queria adaptar o livro de Mario Puzzo, por temer a idolatria que o filme poderia causar a máfia e a violência, além do preconceito que poderia proporcionar para os sicilianos e italianos imigrantes no EUA. Porém, ele acabou aceitando o trabalho e criando uma das obras primas do cinema, que é “O poderoso Chefão”.

Mas dessa vez, não quero falar do filme. Quero falar do livro. Um livro riquíssimo, bem estruturado, com personagens cativantes e inteligentes, com uma estrutura de texto que não deixa o leitor cansado nem entediado. Quero falar de um livro que fala de máfia com ela supostamente deve ser, que tem uma temporalidade imposta no enredo que não se percebe ao lê-lo. Um livro que, por mais que pareça, não tem só violência. Tem um pouquinho de gratidão, amor, romance, gente bondosa, comilona, que supera desafios, que sabe ser leal. (Vulgo, gente italiana). Também tem personagens maldosos, vingativos, irados, violentos e grotescos, que fazem de tudo para conseguirem o que querem. Confesso que esses são a maioria.

Mas então vamos ao enredo. Estamos em meados de 1950. Quem domina a maior parte dos jogos de azar das ruas de Nova York é Dom Vito Corleone, o líder da maior família mafiosa que comanda a área. Um belo dia, o "comerciante" Sollozzo, solicita uma conversa com o Dom Corleone e pede a ele a proteção para o comércio de narcóticos na área. Corleone nega, por princípios morais e motivos políticos, e as consequências da negação são levadas durante décadas a fio, sendo a solução muitas vezes encontradas pelos 2 filhos de Corleone; o bruto e inconsequente Sonny, e o inteligente e sagaz Michael.

“O Chefão” é um livro interessante de ser ler, ainda mais para que já viu o filme. Não vou tentar desvincilhar filme e livro nesse texto, porque eu li o livro imaginando Orlando Bloom como Dom Corleone e Al Pacino com Michael. Eu vi todas as cenas do filme lendo o livro, o que foi uma experiência interessante, pois rememoriei cada detalhe das cenas do filme. Mas claro que o livro traz detalhes adicionais, e o mais interessante, é que o autor fala de cada personagem, não esquecendo de ninguém. Citou alguém no início do livro, ele retoma a história do personagem em alguma parte. Todos os personagens, dos principais aos mais
secundários, tiveram a resolução de suas vidas. Nem sempre essas resoluções foram felizes, há muito sangue e sofrimento pelo caminho.

Sem mais delongas, o primeiro livro que li no ano me deu animo para continuar a ler freneticamente. Coloca na sua listinha aí, vale a pena! E é válido também ver os filmes, que por mais que durem 2 ou 3 horas, são sensacionais! (Ainda me falta a coragem de ver o último, que só tem três horas e meia... haha)

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