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terça-feira, 2 de julho de 2013

Ella Enfeitiçada


Quando vi pela primeira vez capa de Ella Enfeitiçada, fiquei eufórica. Eu vi o filme "Uma garota encantada", quando tinha uns 15 anos, e amei de paixão. Mas eu não sabia que o filme era baseado em um livro. Felizmente, quando achei o livro, larguei tudo o que estava fazendo e fui ler um conto de fadas, baseado na Cinderela. Um livro infantil, mas que vale para todas as idades. 

Quando Ella nasceu, ela recebeu um dom um tanto perturbador. Ela seria obrigada a obedecer todas as ordens direcionadas a ela. Desde a infância ela sofreu com tal presente, e sua mãe ordenou a Ella que nunca contasse para ninguém, afinal alguém poderia explorar a pobre menina. Porém, quando a mãe da menina morre, Ella foi enviada por seu ridículo pai, que não sabia de seu segredo, para uma escola de boas maneiras, onde duas irmãs descobriram seu segredo e a atormentaram. Decidida a achar Lucinda, sua fada-madrinha às avessas, a menina vive algumas aventuras e se relaciona com o príncipe Charmont, que se apaixona por ela. 

Como não amar esse livro? Uma protagonista esperta, mas boazinha, um par romântico apaixonado e inteligente, vilãs que tem o que merecem, pelo menos no final do livro, e uma fada madrinha atrapalhada. O livro é divertido, leve, prático, uma leitura para o final de tarde, ou para uma aula chata. (Você pode estar na faculdade, mas aulas chatas ainda existem e você é obrigado a ler um livro). Gail Carson Levine, a autora, está de parabéns pela criatividade. Talvez  o final seja muito Cinderela, mas essa é a característica da autora que reconta contos de fada. É muita fofura para um livro só.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

As verdadeiras histórias de Contos de Fadas - Parte 2

Continuando o post anterior, troxe mas revelações macabras dos contos de fadas. Divistam-se ou não....



O Flautista de Hamelim

Nessa historia, um tocador de flautas mágico é contratado por uma cidade para livra-la de uma infestação de ratos. Ele cumpre seu papel, mas quando volta para receber seu tão suado dinheirinho, a cidade se recusa a pagar. Daí, como vingança, ele usa os poderes de sua flauta para raptar todas as crianças da cidade e só as devolve após receber seu pagamento. Até aqui tudo bonito, mensagem positiva e uma moral no fim da historia. Mas, o conto original não é bem assim, nele, o encantador não devolve as crianças depois de receber da relutante cidade. Na verdade ele faz com que elas todas se afoguem num rio. E, em algumas versões ainda mais antigas, há referencias a pedofilia em massa dentro de uma caverna escura.

                                      
 
Branca de Neve

Um espelho mágico que elege a mais bela do reino é o que causa toda a desgraça em Branca de Neve em qualquer versão. Nas primeiras narrativas, a rainha é na verdade a mãe de Branca de Neve e a garotinha tinha apenas sete anos quando o espelho revelou para sua invejosa mãe que a menininha era a mais bonita do pedaço. Raivosa, ela ordena ao caçador que lhe traga o fígado e os pulmões da filha, para que ela pratique seu ritual de canibalismo. Os irmãos Grimm deram uma boa amenizada nessa versão, mas não pouparam a rainha má de um ritual de tortura de fazer inveja aos mais cruéis métodos da Santa Inquisição. Enquanto Branca de Neve casa-se com o príncipe, a rainha é obrigada a dançar usando sapatos de ferro em brasa até morrer.


A Bela e a Fera
O tema e a moral são basicamente os mesmos em todas as quase 200 versões desta narrativa popular que, segundo historiadores, pode ter suas origens no início da era cristã. As primeiras passagens da história de “A Bela e a Fera” da forma oral para a escrita foram feitas pelo italiano Gianfranceso Straparola e pelos franceses Charles Perrault e Gabrielle-Suzanne Barbot de Gallon de Villeneuve, entre os séculos 16 e 18. Dentre as versões que vieram da tradição oral, uma delas retrata a Fera como um monstro em forma de serpente. Na verdade, sua aparência é o resultado de uma maldição que será quebrada graças ao amor da Bela. Quando isso acontece, a Fera volta a ser um príncipe. E é nessa condição que ele faz um das mais polêmicas confissões em um conto de fadas: a de que ele ganhou a aparência de serpente como uma maldição por ter seduzido uma órfã. Pedófilo confesso, ele foi perdoado e aceito pela pura e virginal Bela.



João e Maria

Nem sempre o amor de mãe pelos filhos foi incondicional. Que o digam João e Maria. Nas versões da tradição oral, a via crucis das duas crianças não começa porque eles se perderam sozinhos na floresta. Sem ter o que comer em casa, são os pais deles que decidem abandoná-los por lá. Mas os dois espertinhos tinham ouvido a tramóia familiar e deixaram marcas no caminho para voltar ao lar. Já na parte em que eles encontram-se pestes a virar comida da bruxa ou do demônio, dependendo da versão, os dois enganam o anfitrião jogando-o no caldeirão ou cortando sua cabeça. Antes de escaparem, no entanto, eles não deixam de saquear a casa levando guloseimas para saciar a fome de toda a família.

                                                   

A Pequena Sereia

Uma historinha cheia de mutilações, traição e tragédias. Essa é a atmosfera da narrativa escrita pelo dinamarquês Hans Christian Andersen no século 19 e que virou um dos clássicos dos contos de fadas em versões amenizadas, como a da Disney. Na história original, há sangue para transformar sua cauda em duas pernas, mas a cada tentativa de andar como uma humana elas doíam e sangrodos os lados. A pequena sereia chamada Ariel deseja se tornar humana para poder conquistar o príncipe por quem se apaixonou. Na sua sina, teve a língua cortada pela Bruxa do Mar e tentou-a fazendo-a sofrer bastante. Para piorar, o tal príncipe a menosprezou e preferiu casar com outra. Rejeitada, não lhe restou alternativa a não ser se matar pulando no abismo. Até o próprio Andersen achou que pegou pesado demais e mudou o final. Na versão amenizada, em vez de cometer suicídio, a pequena sereia transforma-se em espuma do mar.


                                                               


Chapeuzinho Vermelho

Há alguns séculos, uma forma de alertar as pessoas para não falar com estranhos era contar a macabra história de Chapeuzinho Vermelho. Naqueles tempos não havia na historinha a figura do caçador que salva a mocinha e proporciona um final feliz. Eram apenas a garota ingênua andando pela floresta e um lobo esperto que a engana e a termina jantando. Entre o primeiro encontro da mocinha com o lobo e o seu fim trágico, muitas cenas de violência, crueldade, erotismo e até mesmo canibalismo são descritas nas versões primitivas da narrativa. Entre elas, a do lobo destroçando a vovozinha para se pôr no lugar dela, ele dando o sangue e a carne da velhinha para Chapeuzinho beber e comer e a garota se despindo, jogando suas roupas na fogueira e deitando completamente nua ao lado do lobo. Desse momento erótico que vêm as famosas falas de Chapeuzinho, como “oh vovó, que bocão você tem” ou “oh vovó, que mãos grandes você tem”, entre outros “elogios”. É somente com a versão dos irmãos Grimm que a historinha ganha um final feliz graças à introdução do caçador que salva Chapeuzinho e sua avó.

Fontes:
http://www.caixadepandora.xpg.com.br/a-verdadeira-historia-do-contos-de-fadas/
http://pt.shvoong.com 
http://misteriosfantasticos.blogspot.com.br/p/contos-de-fada-originais.html

terça-feira, 4 de setembro de 2012

As verdadeiras histórias de Contos de Fadas - Parte 1

Os contos de fadas sempre foram conhecidos por serem histórias comoventes, inocentes, amorosas e com lições de moral no final. Porém os primeiros escritos desses contos são na verdade frutos de personagens maldosos, violência física e sexual, canibalismo e muito mais. Achei interessantíssimo esse tema e trouxe algumas dessas histórias, sem final feliz e sem Disney.


A Bela Adormecida

A Bela Adormecida foi, na verdade, violentada pelo rei enquanto dormia e engravidou de gêmeos. Após o nascimento, um deles chupa acidentalmente o dedo da mãe, pensando ser seu seio, e retira a farpa enfeitiçada que havia provocado o coma em que ela estava. O nome da dorminhoca era Tália e ela havia sido abandonada pelo pai numa cabana na floresta, após cair naquele sono que parecia eterno. Para apimentar ainda mais a história, depois de desperta, Tália acabou virando amante do rei. Nada infantil, esta versão foi posta no papel pelo escritor italiano Giambattista Basile no século 17. Apenas alguns anos depois de Basile, o francês Charles Perrault colocou um pouco mais de terror na história. Assim como o italiano, Perrault foi um dos primeiros a coletar e transcrever as narrativas orais que eram tradicionais entre as populações européias. No caso da Bela Adormecida, Perrault fez da mãe do rei um mostrengo comedor de crianças sedento por jantar os netinhos, mas que acaba se dando mal.


Os Três Porquinhos 

Na história dos Três Porquinhos, o terceiro porco, aquele que construiu a casa de tijolos que o lobo não consegue derrubar com seu sopro, é o que se dá bem em todas as versões. Na narrativa oral original, ele não se importava nem de comer os próprios irmãos. Nela, a esperteza e a resistência do terceiro porco em cair em tentações que prometem recompensas imediatas, mas comprometem o futuro, é enfatizada com detalhes de crueldade e canibalismo. O lobo devora os dois primeiros porquinhos assim que consegue destruir suas casas. Ao tentar entrar na residência de alvenaria do terceiro, usando a chaminé, ele acaba morto ao cair numa armadilha com um caldeirão de água fervente que o esperava no final da descida. O terceiro porquinho então prepara e devora, sem dó nem piedade, o lobo que levava seus dois irmãos no estômago.


Cachinhos dourados
 
"Cachinhos dourados" possui muitas versões, em uma delas de 1831, por exemplo, Eleanor Mure apresentou um livreto artesanal denominado, "A História dos Três Ursos", em setembro deste ano como um presente de aniversário ao seu sobrinho de quatro anos de idade, Horace Broke. Mure descreveu sua versão como "do célebre conta de Nursery...posto no inverso" indicando a possível existência de uma versão anterior em prosa. 
A antagonista de Mure é descrita como "uma mulher velha irritada" que, ao contrário do antagonista Southey, tem um motivo para invadir a casa dos ursos: sua visita de cortesia é rejeitada por eles e, em um pique, ela decide inspecionar a casa de qualquer maneira. 
Outra diferença da versão de Mure em relação a de Southey é que potes dos ursos estão cheios de leite em vez de mingau. No final do conto, os ursos primeiramente tentam de queimar a velha, em seguida, afogá-la, e sendo mal sucedidos em ambas as tentativas de mata-la, finalmente, a jogam do campanário da Igreja de St. Paul - na versão de Southey a velha pula pela janela e foge.



Cinderela

A história de Cinderela teve várias versões antes de virar o conto de fadas sobre uma mocinha boazinha e injustiçada consagrado nos desenhos animados da Disney. O italiano Giambattista Basile a chamou de Gata Borralheira e na sua versão ela se alia à governanta para assassinar a madrasta malvada. O plano era simples, esperar o primeiro vacilo e atacar. Um dia a madrasta agacha-se para pegar roupas num baú e a Gata Borralheira não pensa duas vezes para ir lá e fechar a tampa na cabeça da megera. Já para os irmãos Grimm, não é Cinderela quem a mata e sim pombos que comem seus olhos. Além do ataque dos pássaros, essa versão traz as irmãs cruéis de Cinderela fazendo qualquer coisa para que seus pés entrem no sapatinho de cristal levado pelo príncipe. Elas não se importaram de cortar fora dedos ou arrancar pedaços dos calcanhares para que o calçado servisse nelas. 


A Princesa e o Sapo

Se a Bela Adormecida foi estuprada em vez de ganhar um beijo, o príncipe que virou sapo também passou por apuros. Enquanto a versão infantil mais recente conta que ele ganhou um beijo da princesa para quebrar o feitiço, a primeira versão coletada e transcrita pelos irmãos Grimm mostra que ele só voltou a ser príncipe após a princesa, cansada de ver aquele ser repugnante por perto, atirá-lo com força contra a parede. Naqueles tempos, os irmãos Grimm provavelmente não imaginavam que jogar um batráquio na parede seria no futuro considerado inapropriado para uma historinha infantil. Na narrativa imortalizada por eles, tudo começa quando a princesa perde um de seus brinquedos e encontra um sapo falante que promete ajudá-la. Após achar a bola da princesa, o sapo vai morar com ela. Mimada e irada, ela não pensa duas vezes em lançá-lo contra a parede em um dia de fúria. Violência que parece ter valido a pena ao devolver-lhe a condição de príncipe.

Fonte:

http://www.caixadepandora.xpg.com.br/a-verdadeira-historia-do-contos-de-fadas/

http://pt.shvoong.com 

http://misteriosfantasticos.blogspot.com.br/p/contos-de-fada-originais.html 

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cachinhos_Dourados_e_os_Tr%C3%AAs_Ursos#Outras_vers.C3.B5es_da_hist.C3.B3ria



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