domingo, 24 de novembro de 2013

Quando não se tem tempo para ler...


O final de ano já bate na porta, o trabalho se intensifica, o estudo não deixa respirar, as preocupações arrebatam a mente, os livros ficam em cima da cabeceira.

E desta maneira, não há tempo para ler. Por mais que a gente se esforce, que tente reservar um tempinho para os livros e para as preocupações alheias dos personagens neles inseridos, não dá! Quando pegamos um livro, os olhos começam a se fechar e quando se vê, já estamos no mundo dos sonhos! Maldito mundo cansativo! Sem contar que o único momento em que há tempo de se ler é dentro de um ônibus, que faz voltas e mais voltas e nos deixa com uma dor de cabeça e um enjoo danado! Ah, quando éramos apenas adolescentes, que não precisavam trabalhar, ir a reuniões, estudar para provas complicadas...

Foi o tempo que eu conseguia ler um livro por semana, que eu tinha férias para ler! Nem férias eu tenho mais por causa da greve nas universidades federais que teve ano passado. Para se ter uma ideia, eu fiquei com um mesmo livro 3 semanas, o que é muito para minha pessoa. Foi um livro interessante, gostoso de ler. Terminei  ontem e vou começar outro hoje. Vamos ver quanto tempo eu vou demorar para acabá-lo. Mas, e qualquer jeito, isso não quer dizer que eu compre e pegue menos livros na biblioteca... A minha estante só está enchendo. 

Mas fazer o que? É a vida. A gente cresce, arranja compromissos e a leitura aparece apenas nos horários de lazer, que se reduzem cada vez mais. O que podemos fazer é nos darmos esse horário, ou mesmo ler em viagens de ônibus enjoativas. Só não se poder abandonar os livros. Isso nunca. 

Como estou sem tempo para ler, consequentemente, também estou sem tempo para fazer minhas resenhas. Mas ela ainda virão, quem sabe mês que vem meus compromissos desacumulem?

domingo, 3 de novembro de 2013

Dupla Falta



Da mesma autora de "Precisamos falar sobre o Kevin ", Lionel Shriver, Dupla Falta é tão bem escrito que consegue transmitir todas as angústias, futilidades e pensamentos insatisfatório dos personagens. É muito irritante, pois o leitor fica passivo diante de uma personagem principal egoísta e com uma fixação doentia pelo tênis. 

Willy Novinsky joga tênis desde criança, e ultrapassou todas as barreiras impostas pela sua família e pelo mundo para conseguir seguir a carreira no esporte. Ela está perto de alcançar suas melhores posições no ranking mundial quando conhece Eric Oberdorf, um amador que esta iniciando sua carreira profissional no esporte. Os dois então se apaixonam e começam um relacionamento nada saudável, onde a competição e a inveja estão constantemente no ar.

Willy é detestável. Seus pensamentos, ações, argumentos sem sentido e opiniões fúteis  fazem o leitor detestar a personagem cada vez mais. Ela realmente acha que tênis é sua vida, esquecendo as pessoas que a amam de verdade e que querem que ela viva uma vida feliz.  Eric até tenta manter um relacionamento saudável com Willy, mas a moça é incapaz de engolir um erro e quer competir com o marido em tudo, seja no caça palavras ou mesmo xadrez. 

Pensei em largar o livro muitas vezes, por ser uma leitura nada agradável sem um contexto que me atraísse  Eu amo esportes, mas nunca gostei de tênis. Sim, ele é um esporte glamouroso, a maioria das pessoas que o praticam são ricas e belas, mas ele me parece tão falso e sem entusiasmo afinal,  o torcedor não pode torcer durante a partida e a classe deve ser mantida pelos jogadores. Tudo muito bonito por fora, mas não  imagino que também seja assim por dentro, assim como o relacionamento do casal principal. 

Eu não gosto de tênis, esqueci desse detalhe quando peguei "Dupla Falta" para ler. O resultado foram semanas e mais semanas para conseguir terminar esse livro chato e entediante. Se alguém deseja lê-lo procurando diversão, é melhor passar longe. Se quer ter uma experiência angustiante com algum livro, leia "Precisamos falar sobre o Kevin" e você terá Eva e um contexto melhor para sua história. Agora, se você realmente gosta de tênis e deseja ver as disputas realizadas no esporte humanizadas, leia o livro, irá adorar.  

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