domingo, 28 de agosto de 2011

Admirável mundo novo - Aldous Huxley

"Admirável mundo novo" é um daqueles livros que fazem você pensar o que será o futuro. Publicado em 1932, o livro retrata esse futuro surreal, onde o casamento e a gravidez são ultrajantes e ninguém vive sem doses de "soma", uma droga que tranquiliza e faz os pensamentos tristes sumirem. Mas se a gravidez é terrível você vai se pergunta: "Como as pessoas nascem?". A resposta não é nada agradável pois de acordo com o livro, seremos fabricados, ou melhor, pré-condicionadas biologicamente e condicionadas psicologicamente . E é claro que ninguém será igual, existirão castas( os Alfas, Betas, Gamas, Deltas e Ípsilon) cada uma com sua cor distinta para a sociedade.

Bem, não existe religião, não existe cultura (só o cinema sensível é permitido) e a elevação de  castas  é proibida. Além disso, ninguém se rebelar pois desde crianças todos são condicionados a "hipnopedia" ou ensino do sono, consistindo em repetir frases ao humano durante o sono, que quando acorda, a aplica sem se questionar. Não posso esquecer de comentar também que o ser mais superior da sociedade é chamado de Ford... Alguma semelhança com Ford e suas linhas de montagem?

Bom, mas toda esse regime totalitário fica ameaçado quando Lenina e seu companheiro de viagem  Bernard vão a um lugar remoto na América do Sul, chamado de Selva, e encontram John, um selvagem que nasceu de Linda,  uma "Beta menos" perdida.  Achando o fato incrível, Bernard acaba levando os dois para a sociedade e John fica felicíssimo, repetindo insistentemente "Admirável mundo novo!". O que esse pobre  garoto não sabia é que o mundo novo não era lá tão admirável e sua felicidade estava acabando.

"Admirável mundo novo" é incrível. O autor consegue descrever métodos e esquemas com tanta naturalidade e eficiência  que o leitor é quase convencido que tudo pode um dia ser real, ou já é. Quanto aos personagens, com o coração romântico que tenho, apenas John me cativou, pobre garoto.  Vale muito a pena ser lido!

Interessante completar esse post, falando de algumas inspirações causadas pelo livro. A cantora Pitty lançou uma música com referência no livro, chamada  "ADMIRÁVEL CHIP NOVO" , a banda The Strokes fez o mesmo, a musica se chama "Soma",  Iron Maiden possui um álbum e uma música chamado " Brave New World" e Zé Ramalho faz alusão ao livro em "Admirável gado novo". Diversos filmes têm como refência o livro, "O demolidor" e " Equilibrium" são exemplos. E há, é claro, o filme propiamente dito chamado "Admirável mundo novo", que ainda vou assistir.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Sociedade Secreta - Tom Dolby


Sinopse:

Phoebe quer ser artista. Acaba de chegar a Nova York para viver com a mãe, uma renomada fotógrafa. Filho de uma das mais poderosas famílias de Manhattan. Nick não se interessa por seu legado. Sua vocação é organizar festas em clubes badalados. Lauren poderia ser apenas uma patricinha de Manhattan que sonha em trabalhar com moda, não fosse sua perspicácia e atitude despojada. Aspirante a cineasta, Patch acaba de saber que uma rede de TV quer transformar seu videoblog em um reality show. Eles são alunos da Chadwick School, uma das mais exclusivas de Nova York, e vivem em um mundo com o qual a maioria dos adolescentes apenas sonha. Mas depois que três deles recebem uma mensagem em seus celulares com um convite para fama e sucesso, suas vidas ficarão marcadas para sempre. 

 A primeira vez que li a sinopse de "Sociedade Secreta" pensei "Esse livro parece Gossip Girl com um pouquinho de mistério". Bem, é mais ou menos isso, tirando a fofocaiada e o carisma dos personagens da serie de Cecily Von Ziegesar. A história me pareceu interessante, a capa, convenhamos, é linda, mas a narrativa completa, foi uma decepção. Por que? Vamos esclarecer. Há livros que possuem narrativas rápidas, que fazem o leitor querer mais e mais do livro, "Sociedade Secreta" tenta isso, mas não obtém sucesso. O enredo é fraco, com reviravoltas do nada, muitas vezes complicando a leitura. Além disso, os segredos do livro são óbvios (ou será que todo o livro é óbvio?) e os personagens totalmente sem graça. Toda vez que leio um livro, gosto de pelo menos um personagem e para minha surpresa, achei todos desse livro chatos e desinteressantes.

Bem, existe uma continuação, que se chama "Os infiéis". Se é melhor que o primeiro, eu não sei, mas enquanto tiver outros livros mais interessantes para ler, estou fugindo das historias de Tom Dolby. Estou falando serio, o livro é muito chato. Tudo bem que eu li em três dias, mas acho que eu queria era mesmo terminar logo ele. Conselho de uma leitora compulsiva, esse livro é muito ruim! Não perca seu tempo, existe coisas melhores no mercado literário.

sábado, 20 de agosto de 2011

A Batalha do Apocalipse - Eduardo Spohr

Antes tarde do que nunca! Demorei a começar a  ler " A Batalha do Apocalipse" mas finalmente consegui, e não me arrependi. Nunca havia visto nada parecido na literatura nacional, não sei, mas parecem que há uma barreira entre a literatura fantástica e o conceito de boa literatura para algumas pessoas.  Mas vamos voltar ao livro...

Por não concordar com as ordens de extermínio humano do anjo Miguel, Ablon, o principal anjo renegado, é expulso do céu juntamente com os demais revoltosos e obrigado a viver na terra no corpo de um avatar. O general anda por todo o mundo, viajando de um canto a outro e vendo a história de perto: A destruição de Sodoma e Gomora, a construção da torre de babel, a vinda do Salvador e ele agora percebe os sinais do Apocalipse no Rio de Janeiro. O anjo renegado sabe que quando tecido que separa o mundo dos homens e o mundo celeste se dissipar, a terra será destruída e o caminho para os plano de Miguel, que ele desconhece, estarão abertos.

Juntamente com Shamira, a feiticeira imortal salva pelo guerreiro na torre de Babel, sua espada a “Vingadora Sagrada” e alguns antigos amigos, Ablon terá a missa de salvar o mundo da desgraça e proteger a quem ama. Mas para isso, ele terá que lutar com antigos inimigos, que, diga-se de passagem, não são poucos: Lúcifer, Miguel, Apollyon, Balberith e seu mais novo arquiinimigo, o Anjo Negro.

“A Batalha do Apocalipse” é um dos poucos livros de literatura fantástica escrita por um brasileiro com a aceitação de público e crítica. Gostei muito do livro e achei que não perde em nada para livros de fantasia estrangeiros, os personagens são interessantes e a história bem estruturada. Talvez o único problema seja que o livro não possui uma sequência definida, ele vai e volta, contando a historia no presente e no passado, o que para alguns pode causar dificuldade, mas sem causar dano nenhum ao livro.

sábado, 13 de agosto de 2011

250 livros lidos!

Minha estante..
Bom, essa semana cheguei aos meus 250 livros lidos... Foram livros diversos, dos mais variáveis tamanhos e cores, edições e histórias. Pelas minhas contas, li cerca de 20 livros por ano, desde que eu aprendi a ler, mas  na verdade, comecei a ler compulsivamente lá pelos meus 12 anos, então,foram cerca de 50 livros por ano.  Fico pensando, se eu continuar assim, a que ponto vou chegar? Quantos livros vou ler? Vejo no skoob, pessoas que lêem 600, 700 livros, será que um dia chegarei lá?

Quem sabe minha futura biblioteca?
Na verdade não tenho a mínima ideia. Nesse mundo louco em que vivemos, não sei se terei tempo de ler e me aventurar em tantas história assim, mas ao mesmo tempo, acho que não sobreviverei sem o mundo da leitura. Preciso, necessito de ler! Faz parte de mim, é um vicio delicioso que me diverte e ainda por cima  enriquece-me como pessoa. Gosto de passear por mundos fantasiosos, românticos, e até mesmo no mundo real. Encontrar personagens dignas de confiança, ou não, divertidos, maldosos e reais. Conheçer mais sobre cinema, sobre o mundo,  sua histórias e as pessoas que nele vivem. Ler é uma fonte de prazer inesgotável.

 Quantos aos livros, não sei o que algumas pessoas têm contra eles. São tão amigáveis e gentis, além de nos transportarem para tantos lugares diferentes e muitas vezes inimagináveis. Quando você vê um livro, o que chama mais atenção? Dê primeira é a capa. E ela que te convida a olhar o livro, a sondar a história por traz da ilustração ou da foto. Depois de olhar a capa, lemos a sinopse, ela pode ser grande ou pequena, podem revelar tudo ou nada. 

Porém, só quando se começa a ler o livro e que todo o mundo some e o foco se torna apenas um: descobrir o que a historia nos revela. Bons livros nos fazem rir, chorar e fechar o livro para não sofrer com ele. Bons livros fazem você, mesmo sem querer, pega-los nas horas mais impróprias, como uma aula de matemática ou um ônibus lotado e muito abafado! Em livros as boas históias acabam, mas os personagens e os mundos ficam para sempre em sua mente. Assim, também existem nós, leitores e leitoras. Sem a gente o que os livros seriam? Atrevo a dizer que só papel. Sem os livros o que nós seriamos? Míseros humanos sem cultura e nem imaginação. Eles precisam de nós como precisamos deles. Livros são fáceis de encontrar e fáceis de amar. Bibliotecas, sebos, livrarias. Ninguém pode falar que não lê porque não tem oportunidade, elas sempre existem mais é preciso se esforçar e procurá-las. 
Afinal, ninguém nunca leu todos os livros do mundo. Mas se existe alguém que diz ter lido, espero que não exista, há alguém publicando ou escrendo um hoje. Aliás, livros não só são aqueles que foram publicados, quase todo mundo já  tentou, ou escreveu um livro. Eu, por exemplo, estou a um ano escrevendo o meu, mas não passo de 20 páginas( acho que nasci só para ler mesmo...) Existem maravilhosas histórias por aí que ainda não foram descobertas e quem são maravilhosas.  
Creio que os livros são indispensáveis para mim, são parte da minha vida e espero não me separar deles nunca. Se você também pensa assim, estamos do mesmo lado.
 Quer a prova? Aí vai:
http://www.skoob.com.br/estante/livros/todos/35090/page:1/

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Cidade das Cinzas - Cassandra Clare

Sinopse:
"Clary Fray só queria que sua vida voltasse ao normal. Mas o que é “normal” quando você é uma Caçadora de Sombras assassina de demônios, sua mãe está em um coma magicamente induzido e você de repente descobre que criaturas como lobisomens, vampiros e fadas realmente existem? Se Clary deixasse o mundo dos Caçadores de Sombras para trás, isso significaria mais tempo com o melhor amigo, Simon, que está se tornando mais do que só isso. Mas o mundo dos Caçadores não está disposto a abrir mão de Clary — especialmente o belo e irritante Jace, que por acaso ela descobriu ser seu irmão. E a única chance de salvar a mãe dos dois parece ser encontrar o perverso ex-Caçador de Sombras Valentim, que com certeza é louco, mau... e também o pai de Clary e Jace.
Para complicar ainda mais, alguém na cidade de Nova York está matando jovens do Submundo. Será que Valentim está por trás dessas mortes? E se sim, qual é o seu objetivo? Quando o segundo dos Instrumentos Mortais, a Espada da Alma, é roubada, a aterrorizante Inquisidora chega ao Instituto para investigar — e suas suspeitas caem diretamente sobre Jace. Como Clary pode impedir os planos malignos de Valentim se Jace está disposto a trair tudo aquilo em que acredita para ajudar o pai?
Nessa sequência de tirar o fôlego da série Os Instrumentos Mortais, Cassandra Clare atrai os leitores de volta para o lado mais obscuro do submundo de Nova York, onde amar nunca é seguro e o poder se torna a mais mortal das tentações."

O segundo volume da série "Os instrumentos mortais" é tão intenso e fantástico como o primeiro livro "Cidade dos Ossos". Clary, que descobriu estar apaixonada pelo irmão, terá que conter os própios impulsos em relação a  ele e ainda conhecer mais sobre o mundo dos caçadores de sombras. Já Jace ainda não definiu de que lado está e seu passado poderá colocá-lo sobre a vigilância da Clave e Finalmente, o fofo do Simon se envolverá em graves encrencas, e nem mesmo Clary poderá ajudar o garoto em sua nova jornada macabra.

"Cidade das Cinzas" é realmente excepcional!  O que mais me impressionou na história de  Cassandra Claire foram os personagens dinâmicos e bem estruturados, pois é impossível não gostar de  Clary, Jace, Isabelle, Alec, Luke ou até mesmo Valentine. A história é muito boa, sem deixar nada a desejar e com um enredo digno de nota. "Os instrumentos mortais" é uma das melhores séries atuais,  acho que só perde para "Harry Potter" e "A Mediadora", por isso, não deixe de lê-la.

sábado, 6 de agosto de 2011

Liberte meu coração - Meg Cabot


Inglaterra, 1291. Finnula é a personagem principal, uma garota de 17 anos que em plena era feudal usa calças, tem uma ótima pontaria com o arco e flecha e para completar, já se tornou viúva de uma forma muito suspeita. Quando Mellana, uma de suas seis irmãs, gasta toda seu dote em vestidos e fitas, Finn é obrigada a ajudá-la e acaba sequestrando um cavaleiro para pedir o resgate. O que a garota não sabe é que o tal cavaleiro é Hugo Fitzstephen, o dono das terras onde vive, um homem maravilhoso, forte, inteligente e sedutor. Mas ele não revela a moça sua verdadeira identidade, pois a achou muito interessante, até demais. Depois de algumas brigas e implicâncias, os dois acabam se entendendo e um novo sentimento surge. Mas Finn será capaz de continuar com seu "sequestro" apaixonada pelo prisioneiro? E Hugo, conseguirá resistir aos encantos da aventureira? 

Meg Cabot mais uma vez escreveu um livro apaixonante, aventureiro, sensível e divertido. "Liberte meu coração", foi escrito supostamente por Mia Thermopolis, da série "Diário da Princesa", durante os volume 9 e 10 da coleção. Fiquei apaixonada por Hugo, ao mesmo tempo que adorei Finnula, mesmo achando ela meio boba as vezes. Quanto aos personagens secundários, destaque para Peter, adorei ele mesmo com suas travessuras e Robert, o unico irmão de Finn. O romance é leve, sem grandes sustos, ao mesmo tempo que prende o leitor a cada página. Mas um livro de Meg recomendadíssimo.

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