sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Um pouco mais sobre... José de Alencar

 Biografia  

José de Alencar Nasceu em Messejana, na época um município vizinho a Fortaleza. A família transferiu-se para a capital do Império do Brasil, Rio de Janeiro, e José de Alencar, então com onze anos, foi matriculado no Colégio de Instrução Elementar. Em 1844, matriculou-se nos cursos preparatórios à Faculdade de Direito de São Paulo, começando o curso de Direito em 1846. Fundou, na época, a revista Ensaios Literários, onde publicou o artigo questões de estilo. Formou-se em direito, em 1850, e, em 1854, estreou como folhetinista no Correio Mercantil. Em 1856 publica o primeiro romance, Cinco Minutos, seguido de A Viuvinha em 1857. Mas é com O Guarani em (1857) que alcançará notoriedade. Estes romances foram publicados todos em jornais e só depois em livros.

José de Alencar foi mais longe nos romances que completam a trilogia indigenista: Iracema (1865) e Ubirajara (1874). O primeiro, epopeia sobre a origem do Ceará, tem como personagem principal a índia Iracema, a "virgem dos lábios de mel" e "cabelos tão escuros como a asa da graúna". O segundo tem por personagem Ubirajara, valente guerreiro indígena que durante a história cresce em direção à maturidade.

Em 1859, tornou-se chefe da Secretaria do Ministério da Justiça, sendo depois consultor do mesmo. Em 1860 ingressou na política, como deputado estadual no Ceará, sempre militando pelo Partido Conservador (Brasil Império). Em 1868, tornou-se ministro da Justiça, ocupando o cargo até janeiro de 1870. Em 1869, candidatou-se ao senado do Império, tendo o Imperador D. Pedro II do Brasil não o escolhido por ser muito jovem ainda.

Em 1872 se tornou pai de Mário de Alencar, o qual, segundo uma história nunca totalmente confirmada, seria na verdade filho de Machado de Assis, dando respaldo para o romance Dom Casmurro. Viajou para a Europa em 1877, para tentar um tratamento médico, porém não teve sucesso. Faleceu no Rio de Janeiro no mesmo ano, vitimado pela tuberculose. Machado de Assis, que esteve no velório de Alencar, impressionou-se com a pobreza em que a família Alencar vivia.

Produziu também romances urbanos,  históricos, além de peças para o teatro. Uma característica marcante de sua obra é o nacionalismo, tanto nos temas quanto nas inovações no uso da língua portuguesa. Em um momento de consolidação da Independência, Alencar representou um dos mais sinceros esforços patrióticos em povoar o Brasil com conhecimento e cultura próprios, em construir novos caminhos para a literatura no país. Em sua homenagem foi erguida uma estátua no Rio de Janeiro e um teatro em Fortaleza chamado "Teatro José de Alencar".

Obras:

Romances

  • Cinco Minutos, 1856
  • MeuKior, 1856
  • A viuvinha, 1857
  • O guarani, 1857
  • Lucíola, 1862
  • Diva, 1864
  • Iracema, 1865
  • As minas de prata - 1º vol., 1865
  • As minas de prata - 2.º vol., 1866
  • O gaúcho, 1870
  • A pata da gazela, 1870
  • O tronco do ipê, 1871
  • Guerra dos mascates - 1º vol., 1871
  • Til, 1871
  • Sonhos d'ouro, 1872
  • Alfarrábios, 1873
  • Guerra dos mascates - 2º vol., 1873
  • Ubirajara, 1874 
  • O sertanejo, 1875
  • Senhora, 1875
  • Encarnação, 1877

Teatro

  • O crédito, 1857
  • Verso e reverso, 1857
  • O Demônio Familiar, 1857
  • As asas de um anjo, 1858
  • Mãe, 1860
  • A expiação, 1867
  • O jesuíta, 1875

Crônica

  • Ao correr da pena, 1874

Autobiografia

  • Como e por que sou romancista, 1873 

Crítica e polêmica

  • Cartas sobre a confederação dos tamoios, 1856
  • Ao imperador:cartas políticas de Erasmo e Novas cartas políticas de Erasmo, 1865
  • Ao povo:cartas políticas de Erasmo, 1866
  • O sistema representativo, 1866
Minha opinião
"José de Alencar" é um dos principais escritores brasileiros. Já li bastante livros dele, mas os meus preferidos são "Senhora" e "O Guarani". O estranho é que gosto de finais alegres mas a maioria de suas histórias não possuem esse "final feliz" e sim morte e dor . Interessante também que durante sua vida, ele conseguiu passar por três linhas na literatura: Indianismo, romantismo e realismo, mostrando que se pode escrever de tudo quando se quer.

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