Como já dizia o ditado: "Gosto não se discute"

Muitas vezes fico irritada com certos preconceitos que existem entre as pessoas, são ações que às vezes nem percebemos, mas que ferem os outros e fazem com que se sintam mal. Nesse caso em especial, estou falando dos preconceitos culturais que temos, quanto aos gostos de cada um, e a falta de tolerância.

Quando gostamos de um livro, de uma música ou de filme, acabamos maltratando aqueles que apreciaram, dizendo que o livro é idiota, a música é ridícula ou o filme não se compara ao clássico do cinema que vi no sábado passado. Todos nós temos direito a ter nossa opinião, isso é obvio, mas não podemos nos achar melhores por causa dos nossos gostos, afinal cada um tem sua forma de ver a vida, tem seus gostos e suas vontades. E é necessário nesta sociedade em que vivemos hoje, completamente aberta a novas ideias, que aceitemos os acontecimentos ao nosso redor, não critiquemos tudo por não ser do nosso agrado e, principalmente, repito, não nos achemos acima de ninguém.

Posso pegar como exemplo um filme/livro, altamente tachado de fraco. A Saga Crepúsculo. Sim, aquele mesmo, com a chata da Bella e o lindo do Edward. Se eu acho os dois uns chatos? Sim, eu acho. Mas não posso maldizer a história, ou zombar dos gostos alheios, só porque EU não acho legal. Posso falar hoje em dia que acho a Bella chata, porque li os 4 livros, vi os 4 filmes e verei o 5, (mesmo considerando uma exploração comercial). Assistirei e darei minha opinião, mas com respeito ao opinião dos que gostam. Cada um com seu cada qual. Agora podemos falar de um outro filme que eu particularmente amo, “Laranja Mecânica”... Obra cinematográfica espetacular, atuações impecáveis, ideias geniais, um clássico do cinema. Porém, tenho a plena certeza que muitos não gostam, porque, repetindo, cada um tem um gosto. E não, eu não sou “Cult”, não quero me mostrar. Eu gosto de filmes clássicos, como gosto de “Guerra é Guerra” ou “Edward, mãos de tesoura”. Mas eu não gosto de “Dr Fantástico”, filme adorado por muitos cinéfilos, ou" Os mercenários”, filme puramente hollywoodiano, feito para dar lucro. Fiquei abismada com “Matadores de Vampiras Lésbicas”, mas presenciei pessoas gargalhando com o filme. O que eu posso fazer? Vou dizer aos mil ventos que o filme é ridículo? Não vai adiantar nada, a opinião dos outros não vai mudar de uma hora para outra.

Agora, focando na música. Funk x Rock. Grande problema atual. Ouço funk em festas, gosto dos "levinhos", mas prefiro o rock que ouço em casa, Foo Fligthers, Red Hot, One Republic. E além disso, eu escuto e sou altamente viciada em Glee! Algum problema? Não vejo nenhum. Sou eclética, muito eclética, podemos dizer. E do mesmo jeito, não olho torto aqueles que gostam do rock pesado, ou de Michel Teló. Há, Michel Teló com seu eterno “Aí se eu te pego”. Todos zombam, mas no fundo, todo mundo já se divertiu com essa musica, E se não, já riu de um amigo ou do próprio Teló.

Se pensarmos bem, a industria cultural produz para todos. E esse é o interessante, a heterogeneidade que existe, as ideias distintas, as vontades diferentes, os gostos diversificados. Imagine se todos no mundo gostassem de ler Meg Cabot, ver “Star Wars” ou gostassem do “Bob Esponja”(odeio Bob esponja, uahsuhas). Qual seria a graça? Imagine se não existissem os filmes abobalhados, os clássicos, os de terror, comédia, ...? Imagine que tristeza se todos gostassem de Los Hermanos, assim como eu. O mundo seria chato, completamente irritante, e digo mais, seria patético.

Então, trago uma idéia. Não sei porque me deu na telha escrever esse texto, talvez com o pequeno espaço que tenho no blog, seja bom de vez em quando expressar minha opinião sobre algo que me incomoda na sociedade, mas aí vai: Antes de julgar os outros, veja o conteúdo do que julga, reflita sobre esse texto e pense que cada um é cada um. Apresente o seu conteúdo ao outro, e deixe o outro apresentar o conteúdo a você. Talvez ele mude de opinião, talvez você mude de opinião. Se dê a oportunidade de ter outra visão de mundo, e não critique aquilo que não é do seu domínio. E principalmente, nunca se ache superior.

E sim, isso também vale para Justin Bieber, porque eu sei que você já cantou “Baby, Baby...”.