Esse ano li 42 livros. O número foi menor comparado aos anos anteriores, foi pouco tempo para ler. A gente vai crescendo, os compromissos aumentando, a leitura diminuindo.
Na lista desse ano tem livro clássico, jornalístico, ficção. Gostaria só de destacar "Desespero", de Stephen King, porque foi o primeiro livro que eu li dele e fiquei alucinada!!! É muito bom! Vai ser a próxima resenha. Aí vai a listinha:
LOLITA. Só o simples nome dessa menina/moça pode intrigar a pessoa mais passiva do mundo. Este nome possui uma potência, uma carga de energia, que eu já conhecia a tempos. Mas só fui entender realmente quem é Lolita ao ler o livro de Vladimir Nabokov. Inocência, petulância, sedução, energia e paixão são as palavras que podem inicialmente defini-la, mas durante a história vão surgindo mais e mais adjetivos que podem a compor.
Mas não existira Lolita sem Humber Humbert e sua obsessão pela menina. Ele é um homem de meia idade, desiludido com as mulheres e meio louco. Ele passou a maior parte de sua vida na Europa, se separou da esposa, passou um tempo no hospício, e agora viaja para os Estados Unidos por causa de um emprego. Quando chega a pequena cidade, ele encontra na casa de Charlotte Haze um bom lugar para se hospedar, principalmente pela presença da filha da hospede: Lolita. Com 12 anos, charmosa, bonitinha, uma ninfeta sem discussão.
Aí nos perguntamos: O que seria uma ninfeta? Humbert nos explica:
"Entre os nove e os catorze anos de idade, ocorrem donzelas que, a certos viajantes enfeitiçados, duas ou muitas vezes mais velhos do que elas, revelam sua verdadeira natureza que não é humana, mas nínfica (isto é, demoníaca); e essas criaturas predestinadas proponho designar como “ninfetas”... A beleza tampouco é um critério; e a vulgaridade, ou pelo menos o que alguma comunidade definir assim, não prejudica necessariamente certas características misteriosas, a graça fatal, o sortilégio indefinível, volúvel, dilacerante e insidioso que distingue as ninfetas das suas coetâneas..."
Humbert fica obcecado por Dolores, que chega a se casar com Charlotte, a mãe, para não perder o contato com a menina. E então começa uma sucessão de fatos catastróficos, que beiram ao cômico.
Lolita é um dos livros mais interessantes que eu já tive a oportunidade ler. Se eu pudesse o resumir em uma palavra, seria sagaz. Primeiramente porque em nenhum momento o relacionamento dos dois personagens principais é explicito. Existe indícios de suas relações "pessoais", cabe ao leitor montar a narrativa.
Além disso, o livro possui uma estrutura narrativa que necessita de toda a atenção do leitor, não por ser difícil, mas por possuir uma essência própria. O narrador é Humbert, então o leitor é levado para o mundo dele, entre seus pensamentos, desejos e divagações, que são muito analíticas. Ele possui uma percepção sobre tudo o que envolve Lolita, começa a controlar seus passos, a submetê-la aos seus desejos. Ou seja, Lolita é um livro especial. Foi recusado por várias editoras, antes de ser lançado em 1955. A experiência de ler o livro passa por vários níveis de sensações. Temos raiva e pena de Lolita. Ao mesmo tempo que ela trata sua mãe muito mal, e joga charme para Humbert, ela é obrigada a situações constrangedoras e ilegais. Charlote também é digna de pena, com o seu final, mas vamos combinar que ela é muito chata, principalmente com Lolita. Já Humbert conseguiu aflorar apenas um sentimento: Desprezo. Suas atitudes e pensamentos são desprezíveis, mas é ele que oferece ao leitor as melhores passagens da obra. Se ainda não leu Lolita, leia. Antes tarde do que nunca!
O final de ano já bate na porta, o trabalho se intensifica, o estudo não deixa respirar, as preocupações arrebatam a mente, os livros ficam em cima da cabeceira.
E desta maneira, não há tempo para ler. Por mais que a gente se esforce, que tente reservar um tempinho para os livros e para as preocupações alheias dos personagens neles inseridos, não dá! Quando pegamos um livro, os olhos começam a se fechar e quando se vê, já estamos no mundo dos sonhos! Maldito mundo cansativo! Sem contar que o único momento em que há tempo de se ler é dentro de um ônibus, que faz voltas e mais voltas e nos deixa com uma dor de cabeça e um enjoo danado! Ah, quando éramos apenas adolescentes, que não precisavam trabalhar, ir a reuniões, estudar para provas complicadas...
Foi o tempo que eu conseguia ler um livro por semana, que eu tinha férias para ler! Nem férias eu tenho mais por causa da greve nas universidades federais que teve ano passado. Para se ter uma ideia, eu fiquei com um mesmo livro 3 semanas, o que é muito para minha pessoa. Foi um livro interessante, gostoso de ler. Terminei ontem e vou começar outro hoje. Vamos ver quanto tempo eu vou demorar para acabá-lo. Mas, e qualquer jeito, isso não quer dizer que eu compre e pegue menos livros na biblioteca... A minha estante só está enchendo.
Mas fazer o que? É a vida. A gente cresce, arranja compromissos e a leitura aparece apenas nos horários de lazer, que se reduzem cada vez mais. O que podemos fazer é nos darmos esse horário, ou mesmo ler em viagens de ônibus enjoativas. Só não se poder abandonar os livros. Isso nunca.
Como estou sem tempo para ler, consequentemente, também estou sem tempo para fazer minhas resenhas. Mas ela ainda virão, quem sabe mês que vem meus compromissos desacumulem?
Da mesma autora de "Precisamos falar sobre o Kevin ", Lionel Shriver, Dupla Falta é tão bem escrito que consegue transmitir todas as angústias, futilidades e pensamentos insatisfatório dos personagens. É muito irritante, pois o leitor fica passivo diante de uma personagem principal egoísta e com uma fixação doentia pelo tênis.
Willy Novinsky joga tênis desde criança, e ultrapassou todas as barreiras impostas pela sua família e pelo mundo para conseguir seguir a carreira no esporte. Ela está perto de alcançar suas melhores posições no ranking mundial quando conhece Eric Oberdorf, um amador que esta iniciando sua carreira profissional no esporte. Os dois então se apaixonam e começam um relacionamento nada saudável, onde a competição e a inveja estão constantemente no ar.
Willy é detestável. Seus pensamentos, ações, argumentos sem sentido e opiniões fúteis fazem o leitor detestar a personagem cada vez mais. Ela realmente acha que tênis é sua vida, esquecendo as pessoas que a amam de verdade e que querem que ela viva uma vida feliz. Eric até tenta manter um relacionamento saudável com Willy, mas a moça é incapaz de engolir um erro e quer competir com o marido em tudo, seja no caça palavras ou mesmo xadrez.
Pensei em largar o livro muitas vezes, por ser uma leitura nada agradável sem um contexto que me atraísse Eu amo esportes, mas nunca gostei de tênis. Sim, ele é um esporte glamouroso, a maioria das pessoas que o praticam são ricas e belas, mas ele me parece tão falso e sem entusiasmo afinal, o torcedor não pode torcer durante a partida e a classe deve ser mantida pelos jogadores. Tudo muito bonito por fora, mas não imagino que também seja assim por dentro, assim como o relacionamento do casal principal.
Eu não gosto de tênis, esqueci desse detalhe quando peguei "Dupla Falta" para ler. O resultado foram semanas e mais semanas para conseguir terminar esse livro chato e entediante. Se alguém deseja lê-lo procurando diversão, é melhor passar longe. Se quer ter uma experiência angustiante com algum livro, leia "Precisamos falar sobre o Kevin" e você terá Eva e um contexto melhor para sua história. Agora, se você realmente gosta de tênis e deseja ver as disputas realizadas no esporte humanizadas, leia o livro, irá adorar.
O que dizer de um livro, de teor jornalístico, que abrange a futilidade da particular geração de adolescentes e jovens que vivemos hoje em dia? Bem, poderíamos dizer que é um livro muito esclarecedor, inteligente e crítico, que mostra uma parte da sociedade que está escondida em meio aos holofotes das mídias comunicacionais. Ao mesmo tempo, é uma narrativa que se atem a fatos interessantes e bizarros, que contribuem para a consolidação de uma discussão muito necessária nos dias atuais: Se não dermos limites às nossas crianças, o que elas se tornarão?
Nancy Jo Sales resolveu escrever “Bling Ring” após elaborar um artigo para um jornal, com a história de alguns jovens de classe média e alta de Hollywood que resolveram invadir as casas de famosos como Lindsay Lohan, Orlando Bloom, Paris Hilton, para roubar seus pertences, como roupas e sapatos de grifes, relógios caros, e outros itens de valor. A partir do artigo, Nancy ficou motivada a descobrir o que se passava na cabeça desses jovens, que tinham tudo para viver, mas ainda assim necessitavam furtar objetos de casas alheias.
Como uma boa jornalista, Nancy elabora sua história baseada nas poucas entrevistas que teve com alguns dos personagens. Nick Prugo é um dos principais rostos que compõe a história de Bling Ring. Um jovem que supostamente, por má influência e necessidade de amigos acabou sendo um dos iniciadores na gangue, juntamente com Rachel Lee. O perfil que Nancy traça do garoto é a de um jovem triste, supostamente arrependido de seus atos e com grande necessidade de aparecer na mídia, por motivos judiciais. Na verdade, todos os integrantes da gangue acabaram, uma hora ou outra, aparecendo na mídia em geral. Alexis Neiers, Diana Tamayo e Courtney Ames foram as outras principais integrantes do grupo. O perfil de Alexis é a de uma pessoa completamente fútil, falsa e interesseira. De todos os membros, ela é a mais intrigante, afinal já havia participado de um reality show e tinha a vida que desejava.
A credibilidade de “Bling Ring” é constituída, além das entrevistas, por pesquisas, e principalmente pelo tato e cautela da autora. Como o livro é um resultado de um processo jornalístico, não sabemos se podemos confiar plenamente nos depoimentos ou lembranças subjetivas dos entrevistados. De qualquer maneiro, é elaborada uma análise completa dos jovens norte-americanos atuais. Eles bebem e se drogam cada vez mais cedo, muitas vezes sem o controle dos pais, que não se importam de seus filhos serem mais preocupados com a aparência, do que com o bem estar alheio.
Quanto à resposta da pergunta do primeiro parágrafo, é necessário ler o livro para esclarecimentos mais reveladores. Mas a história por si só já responde a pergunta. Se não controlarmos os jovens e nós, os jovens, não nos controlarmos, continuaremos achando que somos os donos do mundo. Ainda dá tempo de abrir os olhos e percebermos que a vida não são apenas marcas e dinheiro.
P.S.- A história, com o mesmo título, também foi adaptada para o cinema, por Sofia Coppola.
“Cidade de papel” é um daqueles livros instigantes e diferentes, que apenas um autor com John Green poderia elaborar. Pelo menos é essa a opinião de alguém que leu dois de seus livros e ficou encantada pela maneira como o autor escreve e desenvolve suas histórias. Depois de “A culpa é das estrelas”, lido com muita facilidade, o leitor já se prepara para uma nova narrativa envolvente. E é agraciado com ela.
Não sei a ordem correta dos livros escritos por John Green, mas “Cidade de Papel” conseguiu me conquistar, da mesma maneira do que o último que li. A história de um garoto nerd, apaixonado pela vizinha bonitona e popular pode parecer um pouco clichê em um primeiro momento. Entretanto ao ler o livro, a história se desenvolve de forma leve, com personagens bem carismáticos e definidos. Claro que eles não fogem do clichê, há muitos estereótipos, mas a história se desenvolve de uma maneira que aproxima o leitor da narrativa.
Assim, vamos a história. Quentin é um menino apaixonado por Margo. Quando crianças, os dois eram íntimos e amiguinhos, e agora eles apenas se cumprimentar de vez em quando na escola, ou nem isso. Até que um belo dia, Margo aparece no quarto do garoto pedindo uma carona para uma um “aventura na cidade”. Passada essa noite, inesquecível, ela simplesmente some, deixando alguns sinais de seu paradeiro para ele. Fulano fica então motivado a procurá-la, por todo o Estados Unidos se for possível, achando que era isso que fulana desejava.
O livro se torna cada vez mais interessante a cada página lida e capítulo terminado. Os personagens, principais e secundários, são bem definidos e carismáticos, oferecendo mais realidade a história e tornando-a menos enjoada. Quentin, por mais que seja nerd e tímido, é um garoto interessante, inteligente, que gosta do tédio. Que personagem na literatura atual gosta da monotonia do dia a dia? As maiorias dos personagens buscam pela aventura e pela quebra do cotidiano, enquanto Quentin cai de para-quedas no meio da confusão. E por mais que ele goste de Margo, não é uma coisa platônica e obsessiva.
Já Margo é uma sonhadora, que busca pela verdadeira essência do mundo, mesmo sendo muito radical às vezes. Para a maioria da população, ela poderia ser chamada de louca e rebelde, mas é apenas uma idealista da causa, que busca a sinceridade do mundo.
Deste modo, ler este livro é um imenso prazer. John Green está conquistando milhares de brasileiros a cada história bem construída, que seja comovente, ou divertida. Seus livros já estão virando figurinha carimbada em várias estantes, reais ou imaginárias. Inclusive na minha.
O quarto livro da série Instrumentos Mortais, "Cidade dos anjos caídos" continua a saga de Clary, Simon, Jace e companhia, contra os poderes do mal que insistem em circundar a vida desses personagens. Além disso, o romance no livro esteve presente de forma trágica e triste, causando grandes problemas para os personagens.
Clary e Jace passaram por muita coisa até chegar aqui, acreditando por um tempo que eram irmãos. Depois que esse fato foi esclarecido, o leitor poderia ficar otimista quanto ao relacionamento desses dois, mas qual não foi a decepção quando o casal continuou a ter problemas no quarto livro da série? Na verdade, Clary e Jace possuem um relacionamento difícil porque um não acredita no amor do outro, não se sentindo seguros no relacionamento. O resultando são "forças malignas" se aproveitando da vulnerabilidade desses dois e um livro interessante.
Crianças estão aparecendo mortas e com aspectos demônicos no mundo dos mundanos. Clary está preocupada que alguém esteja tentando criar crianças poderosas e horríveis, assim como Sebastian. Ela então, sai em busca de uma resposta para a questão, enquanto Jace tenta enfrentar seus próprios demônios que o afastam da ruivinha.
Jace e Clary ficaram um pouquinho chatos com todo o "mimimi" que fizeram. Como já foi dito, eles não acreditam que podem ficar juntos, e sempre há um problema para separá-los. Quem realmente roubou a cena foi Simon e a diva, Isabelle. Finalmente o vampiro ganhou o destaque que merece, virando um garanhão e sendo importante para o desenvolvimento final da história. E Isabelle... Ela abriu seu coração para alguém, deixando de ser uma pessoa dura como pedra.
Os livros desta coleção são interessantes por não enrolarem, possuírem uma história cativante e adicionarem personagens apenas quando são necessários, como Kyle. Gostei do personagem e o que ele significou para os outros. Os personagens de Cassandra são bem pensado e carismáticos, mesmo os vilões, contribuindo para que o livro fique constantemente interessante. Mesmo quando os personagens principais não estão envolvidos, a história mantem sua qualidade.
José de Sousa Saramago nasceu em 1922, em Azinhaga, aldeia ao sul de Portugal, numa família de camponeses. Autodidata, antes de se dedicar exclusivamente à literatura trabalhou como serralheiro, mecânico, desenhista industrial e gerente de produção numa editora.
Iniciou sua atividade literária em 1947, com o romance Terra do Pecado, só voltando a publicar (um livro de poemas) em 1966. Atuou como crítico literário em revistas e trabalhou no Diário de Lisboa. Em 1975, tornou-se diretor-adjunto do jornal Diário de Notícias. Acuado pela ditadura de Salazar, a partir de 1976 passou a viver de seus escritos, inicialmente como tradutor, depois como autor.
Em 1980, alcança notoriedade com o livro Levantado do Chão, visto hoje como seu primeiro grande romance. Memorial do Convento confirmaria esse sucesso dois anos depois. Em 1991, publicou O Evangelho Segundo Jesus Cristo, livro censurado pelo governo português - o que leva Saramago a exilar-se em Lanzarote, nas Ilhas Canárias (Espanha), onde viveu até a morte. Foi ele o primeiro autor de língua portuguesa a receber o Prêmio Nobel de Literatura, em 1998.
Entre seus outros livros estão os romances O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984), A Jangada de Pedra (1986), Ensaio sobre a Cegueira (1995), Todos os Nomes (1997), e O Homem Duplicado (2002); a peça teatral In Nomine Dei (1993) e os dois volumes de diários recolhidos nos Cadernos de Lanzarote (1994-7).
Faleceu em 18 de junho de 2010, em Lanzarote, Espanha
Primeiro vieram os vampiros, depois os anjos e finalmente os zumbis. A literatura de fantasia foi invadida pelos seres sobrenaturais bem rápido nos último anos, contribuindo para muitas leitoras se apaixonarem por mocinhos maravilhosos, mas um pouco inacessíveis.
Sangue Quente, escrito por Isaac Marion, é um desses livros que transformaram seres antes bestializados pela cultura em geral em criaturas amáveis, belas e pacificadoras. Pelo menos, é assim que pode se classificar "R", o jovem zumbi que se apaixona por Julie, uma humana esperta e rebelde, que ainda possui esperança de que o mundo, já destruído por guerras e doenças, possa ser salvo. Ela apenas necessita encontrar um meio para isso, e é no encontro com R que os dois descobrem que juntos, podem contribuir para tal salvação.
Piegas, não? O livro possui seus momentos dramáticos e chorosos, mas nada que atrapalhe a diversão da leitura. A história é simples e o enredo é desenvolvido no tempo certo, não sendo ele assim, um livro cansativo. O que mais consegue prender o leitor são as ações dos zumbis, que possuem uma "cultura" própria, se casando, tendo filhos e escolas. Eles tem quase uma vida completa no aeroporto, com exceção que necessitam comer carne humana para se sustentar fisicamente, e o cérebro para terem novas sensações.
Já a relação entre R e Julie pode parecer um pouco superficial. Como o livro está em primeira pessoa, com R narrando, muitas vezes sabemos o que ele está pensando mas não temos a mínima ideia do que a moça está sentindo. Tudo muito focado nele, com ele pensando nela o tempo todo. Outra coisa que incomoda é a presença dos "ossudos" e a falta de explicações para muitas situações que ocorreram ao final da narrativa.
Sangue Quente é um desses livros para ler sem compromisso, daqueles que quando não se tem nada para ler, e queremos algo leve e divertido, pegamos. Dá para sair algumas risadas com R e M no início do livro, mas só. Durante a leitura a expectativa do livro vai caindo e, ao final, surge o pensamento: "Bom, foi apenas um livro. Existem melhores".
P.S.- Foi adaptado para o cinema, com o incrível nome de "Meu namorado é um Zumbi". Mas é divertido.
P.S.2 - Perceberam que o autor é um homem?? Sim, todo mundo escreve sobre criaturas sobrenaturais sombrias que amam! Não existe preconceito no mundo da literatura! (Quem dera)
A revista norte-americana Forbes realiza anualmente listas sobre as personalidades mais bem pagas do ano. Entre as diversas categorias, que vão de DJs a atletas, existe uma que busca os autores mais bem pagos do ano, compreendendo os meses de Junho de 2012 e Junho de 2013. Os valores para esse cálculo são de estimativas e dados de vendas de obras publicadas, além de informações obtidas através de entrevistas com autores, agentes, editores e experts.
Alguns nomes dessa lista já são esperados por inúmeros leitores. Outros causarão desaprovação e, arrisco, até tristeza. O que devemos pensar é que a maioria desses autores escreve Best Sellers e, como todos sabem, os livros que estão na lista dos mais vendidos são em sua maioria livros comerciais. Então não é surpresa nenhuma o primeiro lugar e alguns outros nomes dessa lista.
Gostaria apenas de abrir um parêntese para tentar explicar o fenômeno Best Seller. Segundo especialistas, o crescimento desse tipo de literatura, incluindo as sagas de fantasia e livros de ficção, se deu após a explosão de O Senhor dos Anéis e Harry Poter, e ocorre devido à necessidade de evasão do leitor. Além disso, a predominância do gênero fantasia nessas listas deve-se ao gênero que dominava o mercado anteriormente, o esotérico, no qual o principal autor foi Paulo Coelho. Dessa forma, com exceção de O Senhor dos Anéis – o precursor da fórmula –, a literatura de Best Seller faz sucesso porque é familiar ao leitor.
Mas vamos parar de divagação e ir à lista. Do último para o primeiro, para gerar ansiedade:
16 – George R. R. Martin
Em décimo sexto lugar temos Martin, que recebeu R$27,72 milhões. A adaptação de Game of Thronespara a TV contribuiu para o aumento desse número. Martin também foi o autor que mais vendeu livros em formato brochura em 2012.
15 – J. K. Rowling (R$30,03 milhões.)
A autora de Harry Potter agora escreve para um público mais adulto. Seu faturamento vem de“The Cuckoo’s Calling”, publicado sob o pseudônimo de Robert Galbraith, e o lançamento de Morte Súbita, que contribuíram para seu ingresso na lista.
14 – Rick Riordan (R$32,34 milhões)
As sagas Percy Jackson, Os heróis do Olimpo e As crônicas dos Kane venderam mais de 5,6 milhões de exemplares em 2012, e dois dos seus três títulos infantis foram os mais vendidos do ano passado.
13 – David Baldacci (R$34,65 milhões)
David possui cerca de 25 romances publicados, todos eles considerados best-sellers.
12 – John Grisham (R$41,58 milhões)
Já com 18 romances publicados, John teve o segundo romance de capa dura mais vendido de 2012: O Corretor. O autor que escreve thrillers jurídicos irá lançar Sycamore Row provavelmente, em outubro de 2013.
11 – Dean Koontz (R$46,20 milhões)
Koontz é conhecido pelas séries Odd Thomas e Frankenstein publicados no Brasil. A temática principal de seus livros é o suspense e o gênero policial. E como bom autor de Best seller que se preze, seu livro Odd Thomas ganhará uma adaptação no cinema, mas sem data de lançamento ainda.
10 – Stephen King (R$46,20 milhões)
Stephen desceu na lista desde a do ano passado, na qual esteve em segundo lugar com um lucro de R$90,09 milhões. Os livros do gênero de terror do autor nunca ficam obsoletos e ultrapassados, afinal é difícil conseguir ler cerca dos seus 60 livros de uma só vez.
9 – Dan Brown (R$50,82 milhões)
Inferno, o último lançamento de Dan Brown, foi o livro mais vendido no primeiro semestre de 2013, mesmo não alcançando as vendas de O Código Da Vinci e O Símbolo Perdido. Ele estar na lista não é surpresa para ninguém.
8- Nora Roberts (R$53,13 milhões)
Nora possui cerca de livros 220 romances publicados. Mas o que a trouxe a essa lista foi o número de ebooks vendidos, em torno de 3,2 milhões de cópias digitais em 2012.
7 – Janet Evanovich (R$55,44 milhões)
A série Stephanie Plum, que conta a história de uma compradora de lingeries que perde seu emprego e torna-se uma caçadora de recompensas, é a principal fonte de dinheiro para Janet, já que esta coleção abriu caminhos para mais séries.
6 – Jeff Kinney (R$55,44 milhões)
O autor da série O Diário de um Banana já publicou 7 livros. O último, The Third Wheel, vendeu mais de 1,4 milhões de cópias no ano passado. Além disso, a série já rendeu 3 filmes.
5 – Danielle Steel (R$60,06 milhões)
Steel já escreveu cerca de 130 títulos em 40 anos de publicação. Entre livros infantis, poesias, não ficção e principalmente romances, ela já vendeu mais 600 milhões de cópias em todo o mundo.
4 – Bill O’Reilly (R$64,68 milhões)
Sua publicação Killing Lincoln ficou na primeira posição do New York Times em livros de não ficção de capa-dura. Seu próximo livro, Killing Jesus, segue a mesma temática do primeiro e será lançado em 24 de setembro desse ano.
3 – Suzanne Collins (R$127,05 milhões)
O filme Jogos Vorazes contribuiu para que Collins ficasse em terceiro lugar. A série Jogos Vorazes é um sucesso de vendas, mas não é apenas essa trilogia que Suzanne escreveu. “As Crônicas do Subterrâneo“ é uma série de 5 livros, também escrito pela autora.
2- James Patterson (R$210,21 milhões)
Autor das séries Maximum Ride, Bruxos e Bruxas e Alex Cross, James Petterson vinha liderando a lista da Forbes alguns anos. Um em cada 17 livros de capa dura vendidos nos Estados Unidos são dele.
1- E.L. James (R$219,45 milhões)
Erika Leonard, ou E.L. James, adicionou a sua conta 11,5 milhões só dos direitos de adaptação de 50 Tons de Cinza e companhia. É sua primeira vez na lista, mas a grande venda de seus livros já avisavam que ela figuraria na lista.
Texto elaborado por mim, mas inicialmente postado no site Literatortura.
Bella mantém seu rosto inexpressivo diante da lista.
Em todo livro, por menos que a gente queira, existe aquele personagem chato e impertinente, que adora estragar a alegria alheia, se intrometer em assuntos que não lhe cabem, falar muita asneira e abobrinha ou apenas ser realmente incompreendidos por natureza. Eles podem ser vilões, personagens secundários e até mesmo os principais, contudo sempre estão incomodando alguém, principalmente o leitor. No Top 10 de hoje selecionei 10 personagens que possuem a incrível capacidade de irritar qualquer u, lembrando que a lista é pessoal.
Bella Swan é uma chata de carteirinha, e não me venha falar que é preconceito ou algo do tipo, porque eu até gosto de Crepúsculo. Bella é mesmo irritante, cheia de "não me toques" e com uma amor incondicional por Edward que chega a ser patético.
Draco conseguiu infernizar Harry Potter durante sete livros, de maneira aleatória e infantil. Ele não tinha um motivo justificável para implicar tanto com o bruxinho, e ainda era preconceituoso com Hermione e falava, e fazia, besteiras a vontade. Merece um lugar nesta lista.
Tiffany é uma mulher que não possui a cabecinha no lugar, mas por um motivo aceitável. E é esse motivo que não faz o leitor desistir dela, e do livro, a cada capítulo que se passa. Ela fica correndo atrás de Pat, faz com que ele falte aos jogos que o cara tanto gosta, e fica irritando ele com joguinhos.
Eu gosto de Luce, mas isso não faz com que ela seja menos irritante, diria que ela é apenas suportável. Gosto de Fallen pela concepção da história, porque se fosse pela heroína eu passaria longe, afinal Luce é um pouquinho egoísta, fica adorando o namorado e ignora quase todo mundo que não tenha asas.
Brian quer ganhar a competição de perguntas e respostas, mas não sabe as respostas da própria vida e isso faz com que seja uma pessoa aborrecedora. Confesso que li o livro meio arrastada, e foi um decepção para mim, que tinha gostado tanto de "Um Dia", do mesmo autor. O personagem principal consegue ser tão infantil, que o leitor pode achar que trata-se de uma criança genia, só isso.
Cat ignora. Ela possui um reinos e filhos para se preocupar.
Acho que todos que lêem minhas resenhas de "As Crônicas do Gelo e do Fogo", sabem o quanto eu detesto Cat. Não consigo engolir a personagem, por ser tão chata, possessiva, mandona e por não gostar de Jon.
Eu não gostei de "O morro dos ventos uivantes" quando li, por achar que o amor de Catherine e Heathcliff é irritante. Cat é mimada, Heathcliff é egoísta e consegue magoar todo mundo com toda a sua delicadeza. Os dois personagens são a essência do livro, por isso recomendo-o apenas àqueles que querem chorar e se deprimir.
8- Claire (Melancia) Claire é uma personagem irritante, mas ao mesmo tempo interessante de se ler, se você me entende. Ela é divertida e, mesmo reclamando de toda a sua vida, consegue prender o leitor na história.
Elena não acredita em seu infortúnio: "Por que estou nesta lista?" - Ela se questiona.
9- Nietzsche (Quando Nietzsche Chorou)
Um dos maiores filósofos do mundo está intragável em "Quando Nietzsche Chorou". Nietzsche é um personagem egoísta, prepotente e metido. Mas pelo menos durante o livro ele vai evoluindo.
Às vezes eu me pergunto porque eu escolhi cursar jornalismo, uma profissão tão desvalorizada e mal compreendida, mas ao mesmo tempo tão importante para a sociedade. Entendo que, muitas vezes, os jornalistas não são um exemplo a se seguir pela sociedade. Mas quem nunca esteve na pele de um , não entende qual a responsabilidade de transmitir as informações e perspectivas, além de ser formador de opinião, para esta sociedade. O jornalismo atualmente é uma profissão difícil de se seguir, por dois simples fatores: Primeiro, a renda média de um jornalista em minha cidade, ou em qualquer lugar do Brasil, nos dias fatídicos de hoje, é muito baixa. Segundo, não é necessário diploma para exercer essa profissão. Então, você se pergunta: Por que essa menina cursa jornalismo? Daí eu respondo: John Hersey, Tom Wolfe, Truman Capote, Gay Talese, etc... Esses autores me inspiram diariamente.
Esses são alguns dos autores de jornalismo literário mais conhecidos. O meu preferido é John Hersey. Esse moço aí escreveu Hiroshima, um livro que relata os bombardeios a cidade de Hiroshima, na Segunda Guerra Mundial, pela perspectiva de 6 personagens. Eles relatam o que aconteceu com eles, todo o sofrimento, o instinto de sobrevivência e a tristeza pós-bombardeio. O texto foi primeiramente publicado no Jornal The New Yorker em 1947. Durante todo o mês de agosto, foram publicados quatro partes: "Um clarão silencioso", "O fogo", "Investigam-se os detalhes" e "Flores sobre ruínas". Esses capítulos foram reunidos e mais tarde publicados no formato de um livro. Os livros atuais ainda contém um quinto capítulo, "Depois da catástrofe", que mostra como esses personagens estavam passados 40 anos.
O artigo no jornal causou impacto em quem leu, principalmente por sua escrita tão reveladora e intensa. Esse tipo de jornalismo é sensacional, afinal o jornalista/autor, além de usar o conteúdo da fonte/personagem, consegue captar emoções pelos gestos e expressões faciais. Não é apenas fazer perguntas, é transmitir para o papel tudo aquilo que o personagem vivenciou. John Hersey fez tudo isso com maestria. Lendo Hiroshima, eu me coloquei no lugar do Reverendo Kiyoshi Tanimoto e do Padre Wilhelm Kleinsorge (Makoto Takakura), de Hatsuyo Nakamura, lutando pela sobrevivência de seus filhos, pelo sofrimento físico de Masakazu Fujii e Toshiko Sasaki, após a queda da bomba, pela tristeza do jovem médico Terufumi Sasaki, que não podia ajudar ninguém mais.
É um livro doloroso de se ler. É uma narrativa direta, o autor não faz rodeios para explicar que não havia como escapar da dor física e psicológica. Uma das partes mais chocantes são as descrições da falta de socorro aos feridos. Todos estão tristes e impotentes.
A situação do Dr. Fujii, do Dr. Kanda e do Dr. Machii — e, por extensão, da maioria dos médicos de Hiroshima — logo após a explosão, com seus consultórios e hospitais destruídos, seu equipa mento disperso, seus próprios corpos incapacitados em diferentes graus, explica por que tantos feridos não receberam cuidados e por que morreram tantos cidadãos que podiam ter sido salvos. Dos 150 médicos existentes em Hiroshima, 65 estavam mortos e os restantes se encontravam, na maioria, feridos. Das 1780 enfermeiras, 1654 estavam igualmente mortas ou impossibilitadas de agir. No hospital da Cruz Vermelha, o maior da cidade, apenas seis médicos de uma equipe de trinta, e dez enfermeiras, dentre mais de duzentas, tinham condições de trabalhar. O Dr. Sasaki era o único médico desse hospital que escapara ileso.
É um relato jornalístico escrito com alma e coração. Uma busca de mais e mais informações para compor algo digno de ser apreciado por leitores ávidos de uma boa história, uma boa escrita, com informação para os fazer crescer como pessoas. Atualmente, o mercado do jornalismo literário vem crescendo, e é interessante perceber como ele é atrativo. "Holocausto Brasileiro", escrito por Daniela Arbex, é um exemplo. Daniela descreve em seu livro, como um hospício em Barbacena, Minas Gerais, foi durante a maior parte do século XX um lugar bárbaro, onde pacientes eram maltratados e a sociedade ficava calada. Um livro que denuncia o que muitas vezes ocorre nos dias de hoje. Futuramente o livro terá um resenha neste blog.
Outro livro com teor jornalístico que também terá sua resenha postada futuramente aqui, é The Bling Ring - Gangues de Hollywood. O livro, escrito por Nancy Jo Sales, relata a história de jovens que roubavam casas de famosos em Los Angeles e foi adaptado para o cinema, com a direção de Sofia Coppola. Ele também saiu de um artigo que Nancy escreveu para um jornal em L.A.
É esse jornalismo literário que mostra que nós, jornalistas, não somos apenas sensacionalistas ou manipuladores. Nós, os idealistas e amantes da profissão, buscamos nos aprofundar na notícia e transmitir isso ao leitor. Estou engatinhando ainda na profissão, quem sabe um dia já eu consiga correr nesta direção?
Fiquei algumas semanas sem postar absolutamente nada. Perdoem-me, foi final de semestre. Não tive tempo nem de respirar nestas duas últimas semanas. Mas aqui estou agora, disposta a recuperar todo o tempo perdido mês passado com resenhas, listas e especias. Agora estou de volta.
Escrito por Cecelia Ahern, a mesma de "P.S. Eu te amo", "A Vez da Minha Vida" não é um livro muito conhecido, na verdade só tive contato com ele a partir de uma promoção da Submarino.
Lucy Silchester, começa a receber cartas de sua vida, insistindo para eles terem um encontro e resolverem seus problemas. Ela não tinha perspectiva nenhuma de futuro, vivia tentando fugir do seu emprego, se martirizando pelo término de seu namoro, que ocorreu anos atrás, e se escondendo de sua família. Quando um incidente dramático ocorre em sua vida, Lucy acaba concordando em encontrar com sua "vida" e, a partir deste ponto, o livro fica mais interessante e divertido, inclusive com a aparição de Gene Kelly, ou quase isso... Lucy começa a compreender o que realmente importa em sua vida, e a dar valor ao que possui.
Os personagens de "As vez da minha vida" são amáveis e excêntricos, afinal as situações em que todos eles se envolvem estão em uma linha tênue entre o cômico e o ridículo, sendo a personagem principal ainda mais descontrolada do que aparenta ser. No entanto, ela é ao mesmo tempo cativante e, durante o livro, ela começa a reconhecer seus defeitos e a procurar ser uma pessoa melhor. Sem contar que ela recebe um bom incentivo de olhos azuis.
E o que falar da Vida? Sim, se você está curioso, a vida de Lucy é como se fosse um psicólogo que anda com ela 24 horas por dia, buscando sempre ajeitar, ou confundir de maneira benéfica, a vida da moça. Uma consultoria diária sobre o que você anda fazendo com a sua vida.
Não tinha expectativa nenhuma com o livro, mas me surpreendi. O enredo em si é criativo, e o desenrolar da história muito divertido. O início pode ser um pouco entediante, mas depois das cinquenta primeiras páginas a leitura flui com leveza e simplicidade, mesmo sendo um pouquinho irreal. A parte romântica também é bem tranquila, mas não sem graça. Lucy vai conquistando aos poucos seu novo amor, e quando ele aparece, ela nem percebe. (O leitor atento perceberá quando ele aparecer, fica a dica.)
A literatura sempre foi adaptada para diversos outros meios de comunicação, ou melhor, outros meios de diversão. Desde o início do cinema, por exemplo, livros e contos vêm sendo adaptados às telas, mas de uma maneira diferente. O cinema apareceu como uma nova linguagem, sendo necessário assim, mudar certas características da história para se encaixar melhor em um filme, não havendo necessidade de fidelidade completa à obra.
Do mesmo modo, as séries de TV sempre gostaram de adaptar obras literárias, principalmente aquelas que são consideradas “Best seller” e clássicos. Sofrendo críticas ou elogios, desesperando fãs ou incentivando outros, o mundo dos seriados de TV sempre andou junto com os livros. A cada ano, mais seriados baseados na literatura são produzidos.
Nesta matéria tratarei e citarei vários que você pode já ter assistido, ou que pode se interessar e passar a acompanhar. Estreando em setembro, Sleepy Hollow é baseado no conto de A lenda do cavaleiro sem cabeça – The Legend of Sleepy Hollow no original – escrito porWashington Irving e publicado pela primeira vez em 1820. O seriado terá como protagonista Ichabod Crane (Tom Mison), um professor do século XVIII, que acaba cortando a cabeça de um soldado em batalha. Ele, misteriosamente, chega aos dias atuais e se junta à xerife da cidade de Sleepy Hollow, na investigação dos estranhos assassinatos que estão ocorrendo lá. Detalhe: O assassino não tem cabeça.
Agora, estreando em outubro, o Spin-off de Once upon a time, Once Upon A Time: in Wonderland contará a história de Alice, a personagem escrita por Lewis Carroll. Após ir ao Mundo das maravilhas e viver aventuras, Alice volta ao mundo real sofrendo com a perda do seu amor, um gênio. Sem acreditar no que a moça diz, o pai de Alice a interna no hospício, mas isso não será capaz quando ela descobre que o gênio ainda está vivo.
Outro seriado que também promete mexer com os sentimentos dos amantes de livros é Drácula. A série não se baseará no livro homônimo de Bram Stoker, mas terá o personagem principal do livro, o Conde Drácula, como o protagonista da série. Ambientada por volta de 1890, a trama focará na chegada em Londres do Drácula que exteriormente posa de empresário, mas na verdade só quer se vingar de pessoas do seu passado. No caminhar da carruagem vingativa, ele conhece Mina Murray, que o lembra sua falecida esposa.
E falando em vampiros, True Blood, agora em sua sexta temporada pela HBO, é baseada na coleção de livros The Southern Vampire Mysteries (As Crônicas de Sookie Stackhouse, no Brasil) da autora Charlaine Harris. Já The Vampire Diaries, baseado na coleção de mesmo nome da autora L. J. Smith, é um seriado que ficou bem famoso, ao retratar a paixão dos irmãos vampiros Damon e Stefan Salvatore por Elena, uma mortal. A quinta temporada do seriado estreará no final do ano.
Enquanto os vampiros são um sucesso, os bruxos caíram da vassoura. A adaptação de The Secret Circle, também obra de L. J. Smith, foi vinculada em 2011/2012 na TV, mas não conquistou o público e foi cancelada pelo canal The CW. A história tem como protagonista Cassie, uma garota que após a morte da mãe, vai para a cidade natal da avó e descobre que é uma bruxa, se juntando com outros bruxos para formar o círculo.
Magia também não faltou em Merlin, com duração de 5 temporadas, de 2008 a 2012. Baseada na história do Rei Arhur, o enredo focava no seu serviçal, Merlin, um mago que salvou Arthur muitas e muitas vezes em uma terra, Camelot, onde é proibida magia. Nesse caso, o seriado dialogou com a lenda que há em torno desse rei, que se encontra aos montes na literatura. A primeira menção deste personagem, de acordo com estudiosos, foi em um poema galês atribuído a Aneirin, que chama-se “Gododdin”. Depois de alguns outros escritos, Geoffrey de Monmouth escreveu no início do século 12, o popular “Historia Regum Britannae” (História dos Reis Britânicos), que ficou bastante famoso na época. De lá para cá, a lenda se espalhou e hoje temos diversos títulos, muito deles best sellers, que o trazem como tema. São os casos de: As brumas de Avalon, de Marion Zimmer Bradley, As crônicas de Merlin, de Mary Stewart e as As crônicas do Rei Arthur, de Bernard Cornwell.
Dexter, que está em sua última temporada, e Hannibal, que finalizou sua primeira em junho, são dois seriados que destacam serial-killers, trazidos da literatura. Dexter é uma coleção que já teve 6 livros publicados no Brasil. Já o personagem Hannibal Lecter, que dá nome ao seriado, é uma figurinha carimbada no cinema e na literatura, presente em 4 volumes do autor Thomas Harris. O seriado é focado em seu primeiro livro da série, “Dragão Vermelho”, lançado em 1981.
Game of Thrones, talvez seja uma das séries de TV mais famosas do mundo, mas muitos já conheciam a história pelos livros de George R. R. Martin, dos quais o primeiro exemplar foi lançado em 1996. Com as cinco obras já lançadas, e a torcida dos fãs para que ela não morra antes de chegar à sexta, Game Of Thones é um sucesso mundial por conseguir manter os fãs ativos, seja na literatura, na TV, na internet ou no mundo dos games.
A já encerrada Gossip Girl, a arrastada Pretty Little Liars, a rejeitada The Lying Game, e a renomadaSex and the City, são séries que foram inspiradas em livros teens ou considerados muitas vezes “femininos”. Além disso, inspirado no personagem Sherlock Homes, de Sir Arthur Conan Doyle, vemos na TV dois seriados: Sherlock e Elementary, onde neste último, temos um detetive de Nova York e um Watson versão feminina. Mas o que pouca gente sabe, é que o seriado Bones, que irá para a nona temporada este ano, é inspirado nos livros de Kathy Reichs, uma das melhores antropólogas forenses dos EUA, que também escreve romances policias.
No Brasil, também vemos diversos seriados que estabelecem esse diálogo com a literatura. A Pedra do Reino, microssérie exibida pela Rede Globo em 2007, foi inspirada em Romance d’a Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, de Ariano Suassuna. Antes disso, em 1993, O alienista, de Machado de Assis, e Agosto, de Rubens Fonseca, foram adaptados para as telas da TV globo. Já em 1994, foi a vez o romance de Érico Veríssimo, Incidente em Antares, migrar para a TV. O auto da compadecida, também de Suassuna. Hilda Furacão, Memorial de Maria Moura, Os Maias e A casa das sete mulheres são algumas minisséries baseadas em livros que também foram adaptadas pela emissora, assim como Capitu, série baseada em Dom Casmurro, de Machado de Assis, de 5 capítulos veiculada pela TV Globo em 2008.
E é claro que, no Brasil, as telenovelas também não escaparam das adaptações literárias. Éramos Seis, escrito por Maria José Dupré, foi adaptado 4 vezes, de 1958 a 1994, por 3 emissoras diferentes, Rede Tupi, SBT e Record. Helena, de Machado de Assis, também teve 3 adaptações de 1952 a 1987, assim como A escrava Isaura teve 2, ambas na Rede Globo. Essa emissora é conhecida como a maior produtora de telenovelas do Brasil, mas em 2005, quem roubou a cena foi a Rede Record, ao exibir Essas Mulheres, uma novela que juntava três obras de José de Alencar: Senhora, Diva e Lucíola. A título de curiosidade, O morro dos ventos uivantes, clássico da literatura internacional, também foi adaptado de fevereiro a julho de 1967 na TV Excelsior.
As adaptações criam muitas divergências entre os fãs da literatura, mas ao mesmo tempo ilustra fisicamente aquilo que temos em nossa imaginação. Além disso, descobrimos muitos livros pelas adaptações da TV, e isto é o interessante nessa relação livro/Televisão, é sempre enriquecedor para dos dois lados.
Texto elaborado por mim, mas inicialmente postado no site Literatortura.
Pat passou algum tempo no hospital psiquiátrico e agora está de volta a casa de sua família. Sem saber realmente quanto tempo passou no "lugar ruim", o ex-professor de história apenas deseja voltar para sua ex-mulher, Nikki. Ele não se lembra porquê foi internado, mas sabe que precisa se esforçar para reconquistar a ex-mulher. Pat faz de tudo: Lê livros recomendados por ela para seus alunos, faz exercícios para conseguir um corpo sarado e até entra na dança com Tiffany, cunhada viúva de seu melhor amigo, que não parece muito feliz com a vida.
"O Lado bom da vida" é um daqueles livros de leitura rápida e inteligente. A história consegue prender a atenção do leitor pela vivacidade dos personagens, a história criativa e o texto bem estruturado e amarrado.
Os personagens do livro são interessante por serem humanos. Pat fez um ato inconsequente gerado, provavelmente, por um distúrbio emocional e sofreu as consequências. Tiffany teve uma grande perda e conseguiu sobreviver apenas procurando em outros homens consolo, ou algo parecido. A mãe de Pat precisava que alguém lhe abrisse os olhos para ela se valorizar um pouco, enquanto o Dr. Patel, o psiquiatra, tornou-se mais que um médico para seu paciente e, o irmão do moço, esteve sempre ali para ajudar Pat, mesmo quando ele não queria. Ou seja, os personagens conseguem passar veracidade e amor, mesmo quando são burros e estúpidos.
Pat transmite durante todo o livro uma sabedoria e uma intensidade em suas emoções que comovem o leitor mais sensível. Nós tornamos amigos íntimos de Pat. Ficamos com raiva de Nikki, tentamos entender o que Tiffany deseja e porque o pai do moço é tão bravo. No final, percebemos que ninguém é normal, nem no livro, nem na vida.
O livro é muito melhor que o filme. Isso sempre se ouve, mas é bom destacar. Para você que viu o filme primeiro, assim como eu, não deixe de ler o livro, é muito mais completo.
Livros de suspense policial devem possuir um bom ritmo, terem personagens fortes e uma história que prenda o leitor e o faça ler o livro até o final com as mesma ansiedade do início. "O Silêncio dos Inocentes" possui todas essas características e um pouco mais. O livro surpreendeu a esta leitora que aqui vos escreve por um único fato: já tinha visto o filme, conhecia toda a história de cabo a rabo e, do mesmo modo, a leitura foi realizada de maneira rápida e rasteira, prestando a atenção em todos os fatos e assassinatos.
Um serial killer, conhecido como "Buffalo Bill" está matando mulheres e as esfolando por todo os EUA. Jack Crawford é o detetive encarregado de descobrir sua identidade e para ajudá-lo, ele encarrega Clarice Starling, uma detetive que ainda está na escola do FBI e nunca foi a campo. Durante as investigações, os dois esbarram com os conhecimentos e segredos de Hannibal Lecter, um famoso e perigoso assassino em série que está preso, mas ainda não perdeu a capacidade de manipulação. Hannibal, inicialmente, é contactado por Clarice apenas para um questionário de rotina, porém ele acaba soltando informações sobre Bill e chamando a atenção da detetive que percebe que Hannibal é perigoso, mas essencial para a captura do criminoso.
Hannibal é o personagem que, querendo ou não, mas se destaca no livro. Manipulador, consciente de seu poder psicológico, inteligente e, quem diria, carismático, Lecter é um assassino que pode ganhar a torcida do público. Clarice também se destaca, sendo uma personagem forte e determinada, possuindo cabelos brilhantes e o charme de uma policial. Já Jack é um homem duro, podemos dizer.
"Silêncio dos inocentes", de Thomas Harris, é o segundo livro publicado da série que trata de Hannibal, e o terceiro se pensarmos nos acontecimentos. Li ele primeiro porque já tinha visto o filme, deixei as surpresas para os próximos. Hannibal é um personagem que roda o mundo, estando presentes em filmes, seriados e livros. Uma figura difícil de se esquecer.
Suzanne Collins nasceu em 10 de agosto de 1962 e é filha de um oficial da Força Aérea americana, vive em Connecticut com o marido e os dois filhos. Recebeu um mestrado em Escrita Dramática pela New York University.
Iniciou a carreira em 1991, como escritora de programas infantis. Trabalhou em diversos programas para a Nickelodeon. Também foi a escritora-chefe de série animada Clifford’s Puppy Days, da Scholastic Entertainment. Suzanne recebeu uma nomeação na categoria desenho animado da Writers Guild of America por seu trabalho no aclamado especial de natal Santa, Baby! Depois de conhecer o autor James Proimos, quando ela trabalhava no programa Generation O! da KidsWB, se inspirou para escrever seus próprios livros voltados ao público jovem.
O livro que lhe deu fama mundial, The Hunger Games, o primeiro livro da triologia "Jogos Vorazes", foi lançado em 14 de setembro de 2008 seguido por Em chamas, publicado em 1 setembro de 2009, e Esperança, publicado em 24 de agosto de 2010.
Obras:
As Crônicas do Subterrâneo
Gregor O Guerreiro da Superfície (Gregor The Overlander) (2003)
Gregor e a Segunda Profecia (Gregor and the Prophecy of Bane) (2004)
Gregor e a Profecia de Sangue (Gregor and the Curse of Warmbloods) (2005)
Gregor e as Marcas Secretas (Gregor and the Marks of Secret) (2006)
Gregor e o Código da Garra (Gregor and the Code of Claw) (2007)
Trilogia Jogos Vorazes
Jogos Vorazes (2008)
Em Chamas (2009)
A Esperança (2010)
Outros livros
Fire Proof: Shelby Woo #11 (1999)
When Charlie McButton Lost Power (2005)
When Charlie McButton Gained Power (2009)
Year of the Jungle (2013)
Minha Opinião
"Jogos Vorazes" é uma das minhas séries de livros favoritas, e uma das que mais me surpreendeu até hoje. Suzanne é super criativa e montou em seu livro um mundo meio perverso, mas ao mesmo tempo intenso e atrativo. Ainda lerei muito mais coisas dela, assim que Cronos permitir.
Parece que os livros com a temática mitológica esteve em alta nos últimos tempos. Os livros de Rick Riordan abriram caminhos para mais e mais histórias de mitologia, seja grega, romana ou egípcia. Os Deuses tomaram contam dos livros e emprestaram suas características para personagens interessantes e divertidos em situações aventurescas e românticas . Mas será que não estamos andando em círculos? Tendo mas do mesmo? Talvez esse seja um caso a se analisar.
Mas vamos ao livro. "Pegasus e o Fogo do Olimpo", escrito por Kate O'Hearn, se propõe a oferecer ao leitor uma história de amizade e aventura, tendo como protagonista Emily, uma menina de 13 anos doce e atenciosa, mas triste, tendo perdido sua mãe recentemente. Certa noite, durante uma tempestade, Emily houve um barulho no telhado e sobe para conferir o que estava acontecendo. E lá estava ele, um grande cavalo alado, meio sujo, mais mesmo assim era um cavalo com asas.
Esse animal era Pegasus, o cavalo do Olimpo. Ele foi roubado por Paelen, enquanto ocorria a pior batalha que o Olimpo já enfrentou. Quando caiu na terra, Palen se perdeu de Pegasus e foi levado ao hospital, causando muitos problemas a si mesmo. Já Emily, não conseguiu cuidar do cavalo sozinha, e lembrou-se de Joe, um menino de sua escola que amava Pegasus. Assim, ela o chamou e juntos eles começaram a desvendar o mistério do cavalo e descobrir alguma maneira de ajudá-lo.
A história é interessante, Pegasus é um bom tema a se tratar, mas foi abordada de forma errada. Não há originalidade, muitas das coisas ali escritas poderiam ser imaginanadas em outros livros que tratam do mesmo tema. Acho que está faltando um pouco de inovação. Uma menina, um menino e alguns deuses, ou semi-deuses, lutando para salvar os outros deuses e o Olimpo. Olimpo que, me corrijam se eu estiver errada, não existe na Mitologia Romana, da qual o livro trata. "Pegasus e o Fogo do Olimpo confunde tudo". Além disso, é difícil para o leitor conseguir se identificar com algum personagem, sendo eles previsíveis. Mas de qualquer jeito, lerei pelo menos o segundo livro. Já que comecei, vou terminar.