domingo, 5 de maio de 2013

O Grande Gatsby


A Primeira Guerra Mundial já foi finalizada e a sociedade norte americana está bastante festeira, animada, e esbanjando dinheiro. Um pouco sem limites. A casa do misterioso e milionário Jay Gatsby é ponto de encontro de todos da alta sociedade de Long Island. Suas festas são muito bem frequentadas, com bastante música, bebidas e diversão. Em meio a esse mundo glamouroso, Gatsby está tentando reconquistar o amor de Daisy, que acabou casando com Tom Buchanan, após o rompimento dos dois.

O Grande Gatsby é um clássico da literatura norte americana, que eu apenas conheci por causa do filme que será lançado em junho deste ano. A história é bastante envolvente, e o que torna a leitura ainda mais interessante é o narrador, Nick Carraway, primo de Daisy e vizinho de Gatsby. A visão que temos dos relacionamentos que ocorrem no livro são as de Nick, e isso é um diferencial interessante na obra. Ele começa sua história e não temos nenhuma ideia de onde ele vai parar e como chegaremos a pessoa que dá o nome ao livro. 

A linguagem também me impressionou muito. F. Scott Fitzgerald escreve de maneira simples, bonita e leve, ao mesmo tempo em que possui um ótimo conteúdo a transmitir. Suas descrições físicas e de ambiente me impressionaram, acho que nunca li um livro com descrições tão bem elaboradas. Os personagens também foram bem etruturados e são daqueles que amamos ou odiamos. Abaixo, destaco dois trechos que me surpreenderam, pela boa escrita, durante a leitura: 
"Olhei para Miss Baker, imaginando que coisa era essa que 'ela fazia'. Gostei de olhar para ela. Era uma garota esguia e de seios pequenos, com um porte ereto, que ela acentuava jogando o corpo para trás na altura dos ombros como se fosse um jovem cadete do exército. Seus olhos cinzentos, apertados por causa da luz do sol, contemplaram-me de volta com uma recíproca e polida curiosidade do alto de um rosto pálido, encantador e descontente."
"Dentro da casa, a sala rosada resplendia de luz. Tom e Miss Baker estavam sentados cada um em uma ponta do longo sofá e ela lia alguma coisa para ele no Saturday Evening Post. As palavras eram murmúrios sem inflexão e corriam juntas como se fossem uma tranquilizante melodia. As luzes das lâmpadas, brilhantes nas botas dele e  foscas no amarelo de folhas de outono dos cabelos dela, reluziram contra o papel acetinado quando ela virou uma página da revista com um movimento que provocou uma    rápida vibração dos músculos delicados do seu braço."
"O Grande Gatsby" foi uma boa surpresa e fiquei feliz em descobrir sua existência. Pequenininho no tamanho, mas grandioso por dentro, o livro foi daqueles difíceis de largar. Vale muito a pena lê-lo. 

Trailer do filme:


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