domingo, 5 de agosto de 2012

A Tormenta de Espadas

ESTA RESENHA CONTÉM REVELAÇÕES SOBRE O ENREDO!

De todos os três primeiros livros da série, "A Tormenta de espadas" foi o maior,  884 páginas, e o com certeza o melhor. Muitas batalhas, descobertas, manipulações, traições, segredos, mortes e surpresas.  Já deu para ver como o livro não decepcionou.

O terceiro livro começa exatamente onde acabou o anterior. Jaime sendo levado para Porto Real, por Brienne, para ser trocado por Sansa e Arya. A mais nova está muito longe fugindo para Correrio e a outra sofrendo os tormentos de Joffrey. Enquanto isso Bran está partindo com Jojen Reed, Meera Reed, Hodor e verão em busca do corvo de três olhos, Tyrion  foi quase morto após sua última batalha,  Daenerys Targaryen dominando as cidades livres, Stannis ainda tentando conquistar os sete reinos e Jon com os selvagens.

Para minha alegria, quase todos os personagens prenderam a minha atenção em seus respectivos capítulos, com exceção de Daenerys, que só conquistou, conquistou e conquistou, e Catelyn Stark. Tyrion, John, Arya e surpreendentemente Sansa foram os melhores personagens.

O anão agora não é mais mão do rei, perdeu meio nariz e possui uma cicatriz horrível no rosto. Porém continua com uma língua afiada, com pensamentos inteligentes e com seus encontros secretos com Shae. Mas sua vida muda quando resolvem casá-lo com Sansa e colocá-lo na função de Mestre da Moeda. Já Sansa, coitada, sempre possui a esperança de fuga, e quando finalmente se vê livre, percebe que está nas mãos talvez do maior manipulador de Westeros, e quem sabe do mundo, Mindinho.

Arya está tentando encontrar sua mãe, mas acaba sendo capturada pelos Bravos companheiros e mais tarde por Sandor Clegane. A garotinha está se mostrando cada vez mais perigosa e perspicaz, e espero muito dela no próximo livro, agora que está viajando para Bravos. Quanto a Bran, só fiquei animada com ele ao final, quando finalmente atravessa a muralha. Realmente não sei o que esperar, mas Meera conquistou minha simpatia por suas caçadas.

Mas nada mais assustador que os casamentos! No primeiro, uma carnificina não tão bonita de se ler... Fiquei com pena de Rob e de Cat, e principalmente da viúva Stark quando cheguei a última página.  Louca para descobrir o que ela vai aprontar. Na outra união, o melhor acontecimento de todos os tempos.  A morte de Joffrey foi hilária, e juro que tive vontade de rir imaginando-o engasgando. Nem pena da Cersei eu tive, aquela mulher merece muito sofrer um pouco, e estou começando a ver isso acontecer.

Já Jon e Ygritte formaram o melhor casal dessa série, mas é claro, Martin tinha que matá-la. Gostei de todas as aventuras do patrulheiro, com os selvagens, na muralha, só não muito da descrição detalhada de certas ações em uma caverna. Bem, por fim, nada melhor do que os selvagens serem expulsos por Stannis, agora com um bom exército de gigantes, mercenários e afins, e que o “rei” tente corromper Jon. Mas agora o bastardo é Lorde Snow e será difícil o abandono do manto negro.

Porém nada me surpreendeu mais do que saber o que Jaime Lannister pensa. O mais legal dos livros de Martin é que você vai recebendo informações dos personagens, mas só quando descobrimos realmente o que pensam e o porquê de suas ações, você os entende. Sim, eu gostei de Jaime, mas ainda não consegui esquecer o que ele fez a Ned Stark e Bran. Agora, Brienne ainda tem muito a oferecer. Será ela capaz de achar Sansa? 

O que posso fazer agora e ler “O Festim dos Corvos” para ter minhas respostas. Porém vou dar um tempo lendo outro livro para minha humilde cabecinha não ter um colapso.  Poucos livros me surpreenderam tanto e me chamaram de idiota como esse, isso é a única certeza que eu tenho.

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